A mão e a luva Machado de Assis
(Machado de Assis)
Luis Alves, o terceiro pretendente, simboliza a LUVA para as MÃOS da protagonista: Guiomar. Casaram-se.
“...as duas ambições trocaram o ósculo fraternal. Ajustavam-se ambos como se aquela luva tivesse sido feita para aquela mão.
Um objeto de uso freqüente era a luva o que justifica o título.
Cada rapaz faz um tipo diferente de abordagem no namoro os quais são analisados pela moça. Não passam despercebidos.
Primeiramente é Estevão que se considera namorado de Guiomar. Ela então com 17 anos. Houve uma interrupção de dois anos. Período em que ele formou-se em advocacia..
Entra na disputa um segundo pretendente. É Jorge que conta com o beneplácito, a aprovação, da baronesa, sua tia e madrinha da Guiomar. Jorge via que a influência da tia “podia servir-lhe para fazer carreira em alguma coisa pública”.
Guiomar é objeto de capítulo à parte. Assim que fica órfã vai morar com a baronesa, então ligada a corte. Preenchia o vazio deixado com a morte da filha da baronesa.
Luis e Estevão se conheceram quando cursavam a academia São Paulo. Os dois moços ficaram amigos íntimos. Dois espíritos diferentes, porém.
Estevão tinha “o infortúnio de trazer ainda virginais ilusões. Era “dotado de extrema sensibilidade”.
Luis conhecia Guiomar. Ele tinha um tanto de egoísta. Era metódico e bem reservado.
Após dois anos, o acaso veio reaproximar novamente Estevão e Guiomar. Ele “inclinado a amar de novo a mulher que tanto o fizera padecer um dia”.
Guiomar “...gosta de uma adoração como a do Dr. Estevão... silenciosa e resignada adoração”, como disse Mrs.Oswald.
Mrs. Oswald é dama de companhia da baronesa. Adquiriu a possibilidade de interferir nos assuntos da família; dar opiniões.
Na tentativa derradeira Estevão foi desenganado por Guiomar. Via desfazer-se “todo aquele castelo de vento, laboriosamente construído nos seus dias de ilusão”.
Estevão arrependia-se do conteúdo daquele diálogo, feito ali no jardim da casa de modo lastimoso.. Abria mão de tantas esperanças.
Guiomar “não tinha um coração tão mau, que lhe não doessem as mágoas de um homem que acertara ou desacertara de a amar”.
Mrs. Oswald acompanhava tudo e percebera que a baronesa desejava ver seu sobrinho, Jorge, casado com Guiomar. Achava que a moça não iria descontentar sua madrinha e precipita os acontecimentos, agindo como uma alcoviteira. Vai induzir Jorge a pedir a mão de Guiomar.
A baronesa diz a Jorge que estava sabendo, por intermédio de Mrs Oswald, que ele gostava da Guiomar. E dava um ar de aprovação.
Jorge volta a noite, portando um bilhete, constando deste seu pedido.
Encontrou Guiomar lendo um romance para a baronesa. Jorge se revezava nessa tarefa; lia também.
Chegada a hora da despedida, Jorge fecha o livro e o entrega a Guiomar “tendo a página marcada, não com a fita, mas com o bilhete”.
Ela, já em seu quarto, lê o bilhete e fica colérica. Isso tinha o dedo de Mrs.Oswald.
Quanto sua negativa iria magoar sua madrinha? Jorge tinha uma posição social na casa.
Nas reflexões de Guiomar: “combinou o sentimento e a razão, as tendências da alma e os cálculos da vida”. Via que “a paixão de Estevão era ardente e... capaz de desatinos”. Teria “vida sentimental” com ele e vida vegetativa com Jorge. E com Luis.
Surge a possibilidade de uma viagem a Cantagalo. Luis mostra-se contrário e seus argumentos, sua compaixão o aproxima de Guiomar.
“...a senhora tem uma alma grande e nobre e que eu a admiro”. “sulco profundo na memória de Guiomar” essa frase deixa.
Jorge quis saber: “ou esperança ou desengano” “...nem uma coisa nem outra... costumamos aceita-las do nosso destino”, respondeu Guiomar.
Noutra ocasião, Luis vitorioso com a desistência da viagem chega-se a Guiomar que se achava junto ao piano. “Não fui eu foi a epidemia”. Ela: “Sua aliada, parece”. Ele, mostrando a ela uma partitura: “Podia dar-nos este pedaço de Belline, se quisesse”. Ela responde como se continuasse o diálogo anterior: “Era esta vontade sua?” e começa a tocar a música como para encobrir a voz da resposta: “Por uma razão muito simples, porque a amo”. Aquilo calou fundo no coração dela; desconserta-a.
Luis é eleito deputado. A baronesa escreve-lhe cumprimentando-o. Ele vem pessoalmente agradecer quando diz a Guiomar: “Perdoou-me”? Ela: “...é o meu destino que lhe entrego”. Ele: “nada está feito ainda... se fui apressado na confissão, não desejo ser na consagração... não ceda a um instante de entusiasmo... e sim quando julgado ser digno de ser seu esposo”.
Estava desenhada a atmosfera que ela desejava respirar.
De um salto vamos ao clímax da história:
“Escolho... Jorge.”
A baronesa tinham na mão o pedido de Luis por escrito, e comportando-se como fada madrinha, mãe generosa, corrige-a. O escolhido era Luis. Não se violenta a vontade do coração.
Luis não lhe dava um lugar na câmara, mas o lustre de seu nome
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