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Os DESAFIOS DA TERAPIA
(IRVIN D. YALOM)

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Sinteticamente, o livro de Yalom, terapeuta existencial americano de origem russa, é um conjunto de testemunhos do autor acerca da sua prática profissional como psicoterapeuta. Não é propriamente um livro técnico de psicoterapia, embora apresente valiosas visões técnicas da prática da terapia existencial e até mesmo da teoria que alicerça essa prática. Por exemplo, a partir da página 199 o autor insere capítulos onde trata do trabalho psicoterápico existencial com os sonhos, mostrando uma forma de abordar bem diferente da psicanálise, mas totalmente útil, compreensiva e oportuna. Ele demonstra porque não se deve pretender a interpretação completa de um sonho e mostra como utilizar em terapia os sonhos do paciente tratando-os de uma forma pragmática, e é aí que de forma absolutamente oportuna o Dr. Yalom introduz o conceito de "abordagem pragmática" no trabalho com o material onírico em terapia.
No mais, pode-se dizer que o livro se constitui de 85 bons conselhos a novos psicoterapeutas. Tudo em uma linguagem tão coloquial distensa que pode ser perfeitamente compreendida por qualquer pessoa interessada no universo psicológico e psicoterápico. Destacamos alguns capítulos que nos pareceram muito interessantes:
Antes de entrarmos nesses capítulos, observemos, que logo na introdução o autor trata do processo e conteúdo da terapia existencial. O conteúdo entendido como "aquilo que se diz" e o processo como uma dimensão inteiramente diferente e imensamente importante: o relacionamento interpessoal entre o paciente e o terapeuta.
O Capitulo 03, terapeuta e paciente como companheiros de viagem, revela que a terapia é de verdade quando se testemunha um encontro autêntico onde tanto o cliente quanto o terapeuta acham suficiente espaço para serem humanos, simplesmente humanos, extremamente humanos. É aí que ele é densamente existencial, quando afasta-se da técnica para se aproximar de uma autenticidade que sacramenta a relação com capaz de promover transformação.
Use seus próprios sentimentos como informações intitula o capítulo vigésimo onde Irvin diz que os sentimentos imediatos que o terapeuta detecta em si mesmo na oportunidade da sessão são valiosos indicadores acerca dos caminhos que devem ser segudos. Contrariando os ditames técnicos da psicanálise, Irvin Yalom, como terapeuta existencial, valoriza a autocompreensão do próprio terapeuta como uma das chaves da psicoterapia.
Cap. 33 - Evite a cura distorcida - Este é um dos principais capítulos pois trata com bastante competência do problema da cura transferencial, aquela que se dá quando o paciente se deixa inebriar pelo excesso de admiração ao terapeuta e toma como solucionadas todas as suas questões de modo mágico simplesmente por estar diante do seu ídolo.
Como conversar sobre a morte é o capítulo 43 onde ele aconselha falar da morte de modo direto e natural. Sempre.
No final do livro, além de tratar muito bem da questão dos sonhos, o autor insere o capítulo 84 - Tenha cuidado com os riscos ocupacionais, onde de forma franca e muito natural entra na questão do "eu-terapeuta" analisando de modo emocionante o que é ser psicoterapeuta: a habitual solidão do consultório, o perigo de descuidar de seus relacionamentos pessoais, a necessidade de lidar positivamente com as habituais idealizações/depreciações que cercam seu trabalho, e outros pontos preciosos são analisados com maestria.



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