Resumo de Escovei o cabelo 100 vezes antes de me deitar

Eis uma estória bem diferente e concomitatemente, curiosa. Na capa do livro é bonita, aparentemente, de uma mulher de cabelos loiros, usando uma máscara. Um circulo do lado direito estampa - Best Seller. Na parte de trás, a disrição diz: "Na ânsia de encontrar o amor, Melissa cede o seu corpo a todos os que lhe pedem, pensando que assim irá conseguir o que procura. A grande revelação italiana da última década. Mais de 500.000 exemplares vendidos. Traduzido em 10 países. 1º lugar nos tops de vendas. Não aconselhável a menores de 18 anos."
Tem publicidade mais perfeita? É quase impossível passar por esse livro e não comprá-lo. Curioso também o fato de "não ser aconselhável a menores de 18 anos" se a própria autora, pelo menos na época em que escreveu o livro, tinha 17 anos.
Algumas pessoas também me falaram sobre o livro. Muito bem, aliás.
Ela escreve bem, apesar de não ter estimulado a minha curiosidade. Na minha opinião, o texto revelou-se fraco e muitas vezes cansativo. Não gostei também da abordagem do tema, seja ele real ou não. O livro fala de uma menina que decide se entregar para um rapaz. Ele é bruto e a primeira vez é horrorosa. Ela resolve se entregar para outros homens e tem outras relações aparentemente horrorosas. Ela vive o sexo como se fosse uma obrigação que ela mesmo se impõe. Há quem ache que ela estava a procurar o amor. Não consegui senti-la feliz ou certa dos seus atos. E isso fez com que eu notasse uma certa banalidade no tema. O ato de escovar o cabelo 100 vezes é comparado com as princesas, com o ato sensual e ao mesmo tempo infantil. Não é ruim de todo, mas depois de ler o "Diário de Uma Ninfomaníaca" eu não posso conseguir distribuir tantos elogios para esse livro.
Vou narrando sucintamente a respeito desse livro, cujo não canso de tanto elogiar - termos abaixo, estraídos nos comentários de um site popular.
"Diário de uma Ninfomaníaca" é um comovedor relato de uma mulher francesa, de boas famílias, formada em Gestão de Empresas, que narra a sua evolução através das relações sexuais que vai tendo: com os coveiros de um cemitério, com um árabe amante de Coca-Cola, com um polícia sem escrúpulos, com desconhecidos em lugares imprevistos...uma série de vivências que assume com a máxima liberdade que uma pessoa pode ter: a que se concede a si mesma e não a que se é obrigada a ter. Esta peculiar maneira de se relacionar leva-a a viver uma verdadeira odisseia ao lado de um homem maquiavélico empenhado em maltratá-la psicologicamente. Para sobreviver à dor e devido à sua ilimitada curiosidade, exercerá a prostituição numa agência de luxo. Aí enfrentará a fraqueza dos homens, a sua vulnerabilidade (...) homens que não a farão perder a sua vontade de comunicar através da linguagem que nelhor conhece: a do corpo e das palavras escritas.

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