Embriologia
(Sonia Lopes)
Após a fecundação, a célula-ovo ou zigoto entra em segmentação. Distinguimos, de acordo com o tipo de óvulo que originou o zigoto, os seguintes tipos de segmentação:
_ Segmentação total ou igual. Ex: anfioxo;
_ Segmentação total ou desigual. Ex: anfíbios;
_ Segmentação parcial discoidal. Ex: aves;
_ Segmentação parcial superficial. Ex: insetos.
Os blastômeros resultantes da segmentação do zigoto acabam por formar mórula. As células destas se arrumam na periferia, e disso resulta o aparecimento da blástula ou blastocistos. O blastocisto deve evoluir para para gástrula. No anfioxo, esse fenômeno ocorre por embolia. Nos animais mais desenvolvidos é mais comum a epibolia.
A gástrula inicial é dotada de dois folhetos embrionários _ o ectoderma e o endoderma. Animais cujos embriões não vão alem disso são chamados diblásticos. Nos animais tiblásticos, surge um terceiro folheto _ o mesoderma. A partir do ectoderma dorsal da gástrula, surge o tubo neural. O mesoderma formará o celoma, e o endoderma, a notocorda. A gástrula com tubo neural recebe o nome de neurula.
Os animais podem ser classificados em acelomados, pseudocelomados e celomados. Nos primeiros, o mesoderma não existe ou não se divide em dois folhetos; nos pseudocelomados, o mesoderma fica afastado do endoderma, guardando com ele um espaço vazio que é o pseudoceloma; nos celomados, o mesoderma se divide em dois folhetos que se separam: um, aplicado ao ectoderma, e outro, ao endoderma. O espaço totalmente revestido pelo mesoderma constitui-se no celoma.
Chamam-se protostômios os animais cuja boca tem origem no blastóporo da gástrula. Deuterostômios são aqueles em cujo embrião o blastóporo deixa de ter a função de boca, pois surge uma nova abertura na outra extremidade do arquêntero, que assume essa função.
Na espécie humana, o blastócito desce do útero e faz a sua nidação em endométrio. Ele possui o trofoblasto e o embrioblasto. O primeiro formará a placenta. O segundo originará o embrião e seus anexos.
A diferenciação celular a partir dos folhetos embrionários determina a histogênese _ formação dos tecidos. Depois, os tecidos se organizam e formam os órgãos _ orgonogênese.
A diferenciação celular é desencadeada pela ação de indutores. Nos animais mais inferiores, parece já existirem no próprio ovo regiões predeterminadas para a formação de certas estruturas ou órgãos. Diz-se que esses animais possuem ovos em mosaico. Nos animais mais evoluídos, a diferenciação só ocorre bem mais tarde, quando os folhetos embrionários da gástrula já estão definidos. Parece que uma área de um folheto estimula a diferenciação celular numa área de outro folheto: Diz-se então, que esses animais tem ovos de regulação.
Nos vertebrados, os anexos embrionários são:
_ vesícula vitelina: função nutridora _ todos os vertebrados;
_ âmnion ou bolsa amniótica: função protetora _ apenas répteis, aves e mamíferos. Ausente em peixes e anfíbios;
_ alantóide: função respiratória, excretora e transportadora de cálcio _ desenvolvida em aves e répteis e atrofiada nos mamíferos. Também ausente em peixes e anfíbios;
_ córion: função protetora _ ovíparos e vivíparos;
_ placenta: funções de trocas gasosas e metabólicas, imunização fetal e atividade hormonal_ apenas mamíferos;
_ cordão umbilical: comunicação entre o embrião e a placenta: apenas mamíferos.
Os gêmeos pode ser: univitelinos ou bivitelinos. Os univitelinos formam-se a partir de um só zigoto. Tem constituições genéticas idênticas. Os bivitelinos decorrem de óvulos distintos fecundados por espermatozóides igualmente distintos, o que significa dizer que são provenientes de zigotos diversos. Naturalmente, tem constituições genéticas diferentes.
A formação de gêmeos univitelinos pode ser decorrente de uma divisão inicial dos blastômeros, na mórula, ou de uma divisão do embrioblasto, no blastocisto. No segundo caso, recebe o nome de blastodiérese.
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