Resumo de A EPOPEIA BRASILEIRA ou "Para Ler Guimarães Rosa"

O livro "A Epopeia Brasileira - Ou: Para Ler Guimarães Rosa" é um texto composto de: - notas de leitura; pensamentos de Riobaldo, e no final apresenta dados sobre o autor, em "conversando com Guimarães Rosa (1959 e1962). Em notas de leitura parte da classificação do livro com: 1- "Livro Documento" enquanto é um retrato da realidade do sertão em contraste com a realidade do litoral - civilizado. Tudo trasncorre nos sertões da Bahia, Minas Gerais acompanhando o rio São Francisco e parte de Goiás. 2- Linguagem do sertão - que ele considera a verdadeira língua do autêntico autêntico homem brasileiro; 3- Estabelece uma comparação entre o que é língua "ofical" e a lingua falada pelo povo. 4- O tipo de sociedade retratada é quase pré-histórica, caótica.; 5- É um retrato Social completo onde aparecem todos os personagens da grande diversidade social brasileira desde o grande fazendeiro, ao pequeno, do jagunço, ao homem da lei, do político ao religioso, etc.; 6- O Quando da narração: no dia, na hora, no ontem-hoje-amanhã, pelo calendário da semana, do mês, vai discorrendo e se desenrolando a narrativa. Às vezes usa o recurso do tempo marcado por fatos (passagem dos revoltosos de Prestes); ou por tempos indeterminados - por muitos anos, mais adiante. O sertanejo não tem noção de prazos, ele calcula, sem fazer conta. 7- O Tempo de Jagunçagem (?) - Riobaldo viveu uns oito anos como tal; 8- Diálogos -transcorrem entre perguntas, explicações e anotações do interlocutor. 9- Idade de Riobaldo ao narrar a história - há apenas indicações, como por exemplo: "já é um homem velho". E quando se refere à vida de jagunçagem diz "faz tanto tempo, imagine: eu devia estar com uns 14 anos, se" (pág. 97). 10- Foi um jagunço intelectual - estudou e foi professsor; e também um homem religioso; diz-se preocupado com questões humanas graves e quer entender a alma humana. ll- O Sexo de Daidorin - homem ou mulher?- Ele sonega a informação o tempo todo; morreu matada; tudo permaneceu envolto na neblina...12- O Léxico prodigioso é variado, rico, formado de palavras comuns, mas pouco usadas, palavras arcaicas e palavras inventadas. Apresenta uma lista desse linguajar usado por Guimarães Rosa, com os arcaismos, advérbios novos, infrações gramaticais, locuções, verbos , diminutivos, adjetivos, etc. Dá também a relação dos nomes dos personagens e dos lugares, todos nomes eloquentes, imponentes como devem ser os representados.
O texto "Grande Sertões Veredas" está divido em três partes. Na primeira, Riobaldo começa a falar - é uma espécie de introdução; na segunda temos uma parada com a volta à narrativa de sua infância e o encontro com Diadorim no Rio de Janeiro, discorrendo sobre toda sua vida até o momento em que entra para o bando de jagunços, que corresponde à terceira parte.
Pacientemente o autor prossegue em sua análise do texto fazendo um esboço de cada pensamento de Riobaldo; inicia com o Viver, passando pela Velhice, pelo Tempo, o Silêncio, o Sertão (que está em toda parte), a Saudade ( uma espécie de velhice), a Sabedoria, com frases como: "Mestre não é quem sempre ensina,mas que de repennte aprende". O própio Riobaldo tece considerações sobre si; fala da inveja, da doidera, da indecisão, ignorância, e, também sobre os conceitos de medo, pobreza, morte, liberdade, ingratidão, confiança, coragem, amor, etc. Deus e o Diabo fazem parte dos pensamentos de Riobaldo, quando numa espécie de revolta quer abolir a exitência do diabo. Diz: "- Tendo Deus, é menos grave, pois ele existe mesmo quando não há; mas o demônio não precisa existir para haver".
Alaor Barbosa, que conheceu pessoalmente o autor Guimarães Rosa o classifica como um reporter que se transformava em escritor-criador. Ele pesquisa a realidade, capta do Universal o particular e na hora de contar narra os fatos com conhecimento.

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