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Capitalismo X Humanismo: aspirações entre o ser e o ter (parte II)
(Márcia Elizabeti Machado de Lima e Renata Maria de Sousa)

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         Em continuidade ao que analisamos na primeira parte desse texto, a divisão social  do trabalho e as ideologias postas na sociedade são vividas com naturalidade, pois acredita-se que, assim como a natureza produz rios, matas, ela também produz relações sociais, proprietários por natureza, e assalariados por causa natural.                         
        Feitas as devidas reflexões a respeito do período literário em estudo e das características da produção de Graciliano Ramos, apresentamos, agora, um resumo do enredo de São Bernardo:
Abandonado pelo pai, criado por uma negra, a doceira Margarida, Paulo Honório, aos dezoito anos, tem a primeira experiência sexual, de que decorre a primeira violência: esfaqueia João Fagundes, quando este se engraça com Germana. 
        Neste tempo, já pensava em ganhar dinheiro, sendo que, trabalhara na enxada até então, dentre outros lugares em São Bernardo, onde permanecera no eito e de que desejava se tornar senhor. Emprestando dinheiro a juros, negociando no sertão, passando fome e sede, Paulo Honório acumula algum capital e com ele volta à sua terra, município de Viçosa, Alagoas. Aí ficava a fazenda de São Bernardo, cujo novo dono, Luis Padilha - filho do falecido patrão de Paulo. Salustiano Padilha é beberrão, mulherengo e incompetente. 
        Aproxima-se então de Padilha com o propósito calculado de tirar-lhe a propriedade. Consegue ter êxito fazendo-se seu amigo, emprestando-lhe dinheiro, dando-lhe maus conselhos sobre o cultivo da fazenda. Quando vence a ultima letra que Padilha devia a Paulo, dirige-se a São Bernardo (fazenda) e praticamente rouba a propriedade de Padilha, que, arruinado, acaba por vendê-la a preço irrisório.
Com violência e determinação, Paulo Honório, começa a reconstruir a fazenda. Através do Capanga Casemiro Lopes, assassina o velho Mendonça, da propriedade vizinha. Invade os domínios vizinhos, compra máquinas, empresta dinheiro de bancos, comete grandes e pequenas violências, ganha causas no fórum graças a trapaças de João Nogueira, o advogado que o protegia. 
        Além do capanga e do advogado, Paulo Honório contava com o jornalista Gondim, com o Padre Silvestre e com os políticos da terra, que manejava de acordo com os seus interesses, a fim de vencer. Reconstruída a casa, iniciada a pomicultura, a avicultura, a plantação de algodão, Paulo Honório resolve casar-se. 
        Estando a fazenda prosperando, Paulo Honório procura uma esposa a fim de garantir um herdeiro. Procura uma mulher da mesma forma que trata as outras pessoas: como objeto. Idealiza uma mulher morena, perto dos trinta anos, e a mais perto da sua vontade é Marcela, filha do juiz. Não obstante conhece uma moça loura, da qual já haviam falado dela. Decide por escolher essa. A moça é Madalena, professora da escola normal. Paulo Honório mostra as vantagens do negócio, o casamento, e ela aceita. Não muito tempo depois de casado, começam os desentendimentos. Paulo Honório, no início, acredita que ela com o tempo se acostumaria a sua vida. Madalena, mulher humanitária e de opinião própria, não concorda com o modo como o marido trata os empregados, explorando-os. Ela torna-se a única pessoa que Paulo Honório não consegue transformar em objeto. Dotada de leve ideal socialista, Madalena representa um entrave na dominação de Honório. O fazendeiro, sentindo que a mulher foge de suas mãos, passa a ter ciúmes mórbidos dela, encerrando-a num círculo de repressões, ofensas e humilhações. O casal tem um filho, mas, a situação não se altera. Paulo Honório não sente nada pela sua criança, e irrita-se com seus choros. Madalena não resiste aos maus tratos do marido e suicida-se. É acometido por imenso vazio depois da morte da esposa. Sua imagem o persegue. As lembranças persistem em seus pensamentos. Então, pouco a pouco, os empregados abandonam São Bernardo. Os amigos já não freqüentam mais a casa. Uma queda nos negócios leva a fazenda à ruína. Sozinho Paulo Honório vê tudo destruído e, na solidão, procura escrever a história da sua vida. Considera-se aleijado, por ter destruído a vida de todos ao seu redor, mas afirma que faria tudo igual, novamente.



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