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A Ultima Hora
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Um filme como “A última hora” é muito propício porque é um tema de importância capital na contemporaneidade por nós vivenciada.
O título do filme nos traz um sentido ambíguo, pois se refere tanto ao momento que a espécie humana vive na história da Terra, que em comparação com toda a sua história geológica, nós teríamos aparecido na “ultima hora”, quanto ao momento que vivemos na nossa própria história humana, momento em que urge uma mudança drástica nos nossos paradigmas para que não seja efetivamente esta a nossa “última hora” de vida a bordo do planeta Terra.
Produzido e narrado por Leonardo di Caprio, esta espécie de filme/ documentário/ alerta ambiental foge um pouco do padrão de outras produções do mesmo gênero. Enquanto muitas destas produções usam uma estratégia mais apelativa e sensacionalista, por vezes com caráter mais jornalístico (e algumas vezes até terrorista), para advertir o público do armagedon ecológico, do colapso ambiental e do fim do mundo do qual nenhum de nós escapará vivo e com os pulmões apodrecidos; “a última hora” já opta por apresentar sim os dados e a realidade tal como são através de gráficos, tabelas e falas dos cientistas especialistas em cada área; porém, em contraste com outros filmes do mesmo gênero que optam por uma demonstração mais racional e fria dos fatos, que eventualmente pode levar o espectador ao pessimismo ou ao desespero (ou pior, à estagnação frente a algo sem solução), este toma uma posição mais otimista (sem ser ingênuo) e constantemente nos desperta diversas emoções, tais como carinho, ternura e até esperança, através de cenas e trilhas sonoras mais calmas e suaves que perpassam todo o filme, na intersecção de uma cena a outra, de um assunto a outro, de um entrevistado ao próximo.
Conta com algumas figuras ilustres não só nas artes, como é o caso de di Caprio, mas também nas ciências, como o físico Stephen Hawking, teórico que atualmente ocupa a cadeira de Newton em sua universidade e que escreveu livros famosos também entre os leigos como “O universo numa casca de noz” e “uma breve história do tempo”, onde ele apresenta para a população as teorias mais recentes em física e cosmologia, que tratam de como o universo “funciona” e se constitui. Sua presença no filme atesta que o documentário não é de brincadeira, e nem as ameaças da população ao meio ambiente.
Exibindo os dados já mais do que clássicos e batidos (porém necessários) em qualquer discussão ecológica (aumento exorbitante da população, do lixo produzido por cada pessoa, do efeito estufa e da temperatura planetária, do buraco na camada de ozônio, crítica ao modelo econômico dominante baseado na estimulação ao consumo desordenado, etc, etc, etc), o que chama também a atenção neste filme e que é também um diferencial no que diz respeito a outras produções que versam sobre o mesmo tema é que “a última hora” aponta soluções, e não faz só críticas e ameaças, apesar de também fazê-las. E além de apontar e sugerir tais soluções, não são soluções absurdas, impossíveis ou inviáveis, pois o filme dá base para cada idéia sugerida, onde o maior obstáculo para suas concretizações não é o dinheiro despendido e nem a inviabilidade em termos de estrutura, espaço e aplicabilidade, e sim: a mentalidade.

Conclusões
O maior desafio a ser vencido, e esta não é uma constatação nova e nem original, é a mentalidade. Os monumentos mais difíceis de serem demolidos e re-erigidos são os paradigmas. E como diz o ditado: “Uma só andorinha não faz verão”.
O filme nos mostra que muitas “andorinhas” estão se unindo e lutando pela mesma causa, independente de suas bases filosóficas, culturais, religiosas, econômicas e nacionais, contanto que o objetivo a ser atingido seja o mesmo. E uma quebra de paradigma para qualquer pessoa representa (às vezes) uma perda muito grande, pois adotar os paradigmas vigentes e não se preocupar em reformulá-los poupa as pessoas de um exercício árduo: o de pensar. Adotar o que já vem pronto e é aceito por todos garante segurança, e segurança é algo de que as pessoas dificilmente abrem mão, principalmente no atual momento de falta de parâmetros em que vivemos.
Do que a maioria das pessoas precisa se dar conta, porém, é de que justamente desta reavaliação e posterior abandono do paradigma consumista sob o qual nós seguimos vivendo é que depende a vida humana na Terra. Ao não privilegiarmos o desenvolvimento sustentável estaremos desenvolvendo a nossa própria extinção. E para que atitudes efetivas e de grande escala sejam tomadas é preciso necessariamente que os políticos, empresários, artistas e toda forma de liderança propague e assuma atitudes ecologicamente corretas, pois são estes líderes que tem o poder e a influência para mudar algo, principalmente na cabeça das massas.
Do contrário, só nos resta a extinção do animal que se diz tão racional.



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