BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


O homem que sabia tudo
(Catherine David)

Publicidade
GIOVANNI PICO DELLA MIRANDOLA nasce em Mirandola, Itália Setentrional, a 24 de Fevereiro de 1463 e morre em Florença a 17 de Novembro de 1496, sob auspícios e augúrios extraordinários, uma criança destinada a ser um homem extrordinário.
Decidiu dedicar a sua vida inteiramente aos estudos e com apenas catorze anos de idade, partiu para a Universidade de Bolonha com o objectivo de estudar Direito Canónico e preparar-se para a carreira eclesiástica. Entretanto, insatisfeito com os estudos jurídicos, decidiu aprofundar-se em Filosofia e Teologia que lhe despertaram a predilecção.
Grande filósofo do Século XV, as teses que apresenta no “Discurso sobre a Dignidade do Homem” foram consideradas heréticas pela igreja Católica.
Teve em Jerónimo ou Girolamo, Savonarola (1452-1498) o seu maior opositor.
É preciso recordar que a época era propensa a ardores de todos os tipos, fervilhando a intriga política, religiosa (recordem os cismas), amorosa….
É a partir de 1489 que podemos encontrar a crescente importância deste frei dominicano em Florença onde, em Agosto de 1490, inicia os seus sermões no púlpito de S. Marco, com uma interpretação do Livro do Apocalipse. O seu sucesso foi estrondoso e toda a Florença acorria à Catedral para ouvir os seus sermões, que progressivamente exerciam mais influência na população. Em 1491 torna-se prior do Mosteiro de S. Marco e é venerado pelos seus seguidores como um profeta. Ataca publicamente Lorenzo de Médicis, enquanto promotor da arte pagã, da vida imoral, e tirano de Florença. A partir de 1493, Savonarola começa a pregar, intensamente e com uma violência crescente, contra os abusos da vida eclesiástica, a imoralidade de uma grande parte do clero e, acima de tudo, contra a vida imoral de muitos elementos da Cúria Romana, incluindo do Papa Alexandre VI. Aos poucos, a denúncia relativa aos Médicis surtiu efeito e Pietro, odiado pela sua tirania e vida imoral foi, juntamente com toda a sua família, expulso de Florença. Foi então estabelecida, na referida cidade, uma democracia do tipo teocrático, baseada nas doutrinas políticas e sociais que o monge dominicano havia proclamado. Cristo era, por isso, considerado o Rei de Florença e protector das suas liberdades. Savonarola pretendia que Florença fosse o ponto de partida da regeneração de toda a Itália e da Igreja, contando, para tal, com a intervenção e apoio de Carlos VII de França. Durante os seus sermões, Savonarola demonstrava não só o seu génio extraordinário, mas também a extravagância das suas teorias ascéticas, pretendendo que a república de Florença fosse um modelo para toda a Cristandade.
É este clima histórico que vemos retratado neste livro extraordinário, em que se fala de autos de fé, de perseguições, de livros (de muitos livros), de filosofia, das inquietações dos homens.
Cumpre realçar, apenas para resumir, que a a oposição florentina contra Savonarola crescia aos poucos, com a ajuda e apoio da Ordem Franciscana. Em 1498 o Mosteiro de S. Marco foi atacado e Savonarola, e alguns dos seus irmãos dominicanos, como Domenico Pescia, foram feitos prisioneiros. Os delegados papais foram enviados para Florença para presidir ao julgamento. Os monges capturados foram torturados e os apoiantes de Savonarola fugiram da cidade. Acusado de heresia, a 22 de Maio de 1496, o monge dominicano e dois dos seus irmãos foram condenados à morte.
Savonarola havia sido um monge piedoso, disposto ao auto-sacrifício pela regeneração da vida religiosa, mas o seu fanatismo levou-o a um caminho sem volta, que acabaria em martírio. 



Resumos Relacionados


- Maquiavel, Vida E Contexto Historico

- A Agonia Eo Êxtase, Romance

- A Mandrágora

- O Príncipe

- Miguel Ângelo



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia