Jornal do Brasil
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OBRAS DE ARTE EM PERIGO
O furto de obras de arte e bens culturais é um crime que exige habilidades raras dos bandidos, sendo bem mais comum do que se imagina. É preciso identificar não somente a qualidade da obra, mas sua liquidez no mercado. A ação exige delicadeza no manuseio das peças.Algumas podem perder seu valor com um simples arranhão.
Nos últimos anos, entretanto, descobriu-se o erro de subestimar esse risco. Especialistas em roubos e furtos de obras de arte, livros e imagens históricas começaram atuar com frequência no país. Um levantamento feito entre 1996 a 2007 detectou nesse período o desaparecimento de 12000 peças. A lista inclui telas famosas, esculturas, mapas, gravuras e arte sacra de igejas, totalizando um valor de 85,6 milhões.Contudo, trata-se de estimantiva conservadora, pois foi feita a partir do lance mínimo que cada peça poderia receber se porventura, em vez de ter sido roubada, tivesse ido a leilão.
O maior roubo de obras de arte no Brasil aconteceu durante o carnaval de 2006, no museu da Chácara do Ceu, Rio de Janeiro. O crimes pôs o Brasil no circuito internacioinal do furto de arte. Ele aparece na lista que o FBI divulga das dez obras ou acervos mais importantes a ser resgatados. Em uma ação que durou 20 minutos, bandidos armados com pistolas e granadas levaram quatro quadros de Matisse, Monet, Picasso e Salvador Dali. O crime expôs a precariedade da segurança dos museus.
O Brasil não tem um acervo de obras de arte comparável ao de países como Itália, Inglaterra, Estados Unidos, Espanha e França. É a ineficiência das autoridades em coibir ou punir esse tipo de crime que torna o país atraente para os bandidos.
Na França os policiais fazem cursos em escolas de belas-artes e tem acesso a um banco de dados integrados a outros países da União Europeia. Através dele é possível consultar uma lista de bens roubados com foto, descrição da peça, valor estimado, nome da vítima e metodologia dos bandidos. O resultado é claro. A França prende cerca de 60 ladrões de arte por ano, recuperando em média 47% do material roubado.
No Brasil a impunidade é dominante. Em 2003, o francês Michel Cohen, um os maiores traficantes de arte do mundo foi preso no Rio de Janeiro. Procurado pela Interpol, sua prisão teve repercussão internacional, assim como sua fuga dois meses depois. A polícia suspeita que tenha havido facilitação.Cohen estava sendo levado a um hospital quando abriu a porta do carro e fugiu, sem que um único tiro tenha sido dado pelos policiais que o escoltavam.
Disantini
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