Opressão DA MULHER - PARTE 1
(Cleciane)
FÉ E RAZÃO – A OPRESSÃO DA MULHER NO BRASIL COLONIAL
A mulher aos poucos vem conquistando seu espaço na sociedade, ainda não é o espaço ideal que merece, pois ainda existe preconceito por parte da sociedade machista que se diz com a mente aberta a nova realidade.
Historicamente a mulher já venceu muitos obstáculos e no período colonial, cabia ao homem exercer a autoridade era considerado o ser de maior poder da época, enquanto as mulheres eram submissas aos rígidos preceitos éticos, morais e sociais, tais como a castidade e outros.
A igreja pregava a submissão da mulher, através de textos bíblicos como a CARTA AOS EFÉSIOS – 5:21,24
“Sejam submissos uns aos outros no temor à Cristo. Mulheres, sejam submissas a seus maridos, como ao senhor, de fato, o marido é a cabeça de sua esposa, assim como Cristo, salvador do corpo, é a cabeça da igreja. E assim como a igreja está submissa a Cristo, assim também as mulheres sejam submissas em tudo aos seus maridos”.
Moças eram adestradas para satisfazerem ao pai e depois ao marido; além de receberem uma educação dirigida exclusivamente para os afazeres domésticos. A sociedade patriarcal extremava essa diferenciação, criando um padrão duplo de moralidade, no qual o homem era livre e a mulher, um instrumento de satisfação sexual. Contudo o homem tinha pleno poder sobre as mulheres pois se fosse traído tinha o poder de executar a mulher e seu amante, consideravam isso como “lavar a honra”.
A literatura médica registra muitos casos de tuberculose feminina desencadeados pelas exigências da moda da época, que obrigava as mulheres a se vestirem de tal modo que seus pulmões não se expandiam corretamente prejudicando, assim a própria respiração ou devido também á alimentação regular, portanto a mulher estava destinada ao casamento e a única possibilidade disponível para fugir do domínio do pai ou do marido era a reclusão em um convento. O exercício da medicina em Portugal era proibida, conseqüentemente refletiu na colônia, os médicos desconheciam completamente o funcionamento dos órgãos femininos, restavam apenas as “curandeiras “ para tratar as mulheres.
As mulheres das classes sociais altas tinham pouco acesso à já escassa cultura existente na colônia. A inadequação do sistema escolar brasileiro era apenas o reflexo da vida cultural da colônia. O limitado contato social e a cultura restrita tornavam a mulher mais conservadora que o homem e, conseqüentemente, o elemento de estabilidade da sociedade.
A necessidade de dar a mulher algum nível de instrução, porém não abandonando a educação domestica, aconteceu a partir do momento que se necessita mão de obra barata, em termos substituiu os escravos. Assim as mulheres saíram da reclusão do lar para trabalhar em fábricas, lojas e escritórios. Conhecer a verdade sobre a mulher no passado é uma tarefa um tanto difícil, pois o verdadeiro se omiscui no analfabetismo a que estavam condenadas pelos homens. Nos documentos datados até 1914, que chegam até nós, todos foram escritos por homens, principalmente os dos tribunais da Santa Inquisição. Mas qual a causa de tanto horror fóbico pelas mulheres?
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