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Você sabe como proceder diante da mentira de uma criança?
(Luzia Aparecida Falcão Costa)

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Crianças mentem ou apenas imaginam coisas e as transformam em realidade? Depende do grau de amadurecimento que tenham conseguido ou não. O certo é que todo cuidado é pouco quando se trata de identificar se a criança está apenas imaginando uma situação ou se apresenta o temor de ser rejeitada ou punida devido as transgressões que cometeu. A mentira, em muitos casos, é originária do próprio relacionamento que os adultos estabelecem com as crianças, como por exemplo, quando se utilizam da ingenuidade e da credulidade das mesmas para obter a obediência que desejam (“se você não for dormir agora, o coelhinho da Páscoa, não lhe trará nenhum ovo de chocolate). Pronto! Está formado o círculo vicioso: o adulto chantageia para obter da criança aquilo que deseja em determinado momento e ela, passa a mentir para conseguir dele as coisas que pretende obter para si, inclusive o afeto, que muito vem sendo confundido com barganha material. Há também aquelas situações em que elas dizem aquilo que imaginaram como se fosse verdade e os adultos, fingem que acreditam, pensando estar reforçando a imaginação das mesmas quando, na realidade estão fomentando a elaboração de novas mentiras. É interessante notar como elas sabem o que mentir e o fazem mais acentuadamente com pessoas que sempre acreditam em suas mentiras. Em situações em que estão sendo questionadas, é a essas pessoas que irão recorrer, porque têm como certo que as defenderão incondicionalmente, embora saibam  que mentiram (atenção avós, tios, etc..). Uma coisa é certa: não se deve brigar com as crianças quando se percebe que estão mentindo, mas, orientá-las para que aprendam sempre a falar a verdade, mesmo porque, a própria palavra mentira, nessa faixa etária, soa como algo que já vem carregado de culpa, de falsidade, além de ser um reforço negativo para a construção da identidade pessoal. O ideal é ter o cuidado suficiente para demonstrar que o que foi dito pode ter sido fruto do imaginário e não acontecido realmente, passo essencial para que a criança vá sabendo elaborar a necessária separação da realidade do que é tido como imaginação. Normalmente, quando a criança mente, esquece-se de que mentiu. Passado algum tempo, quando o adulto se reporta ao mesmo fato, porém abordado de forma diferente, se o que ela disse foi resultante de uma mentira, certamente apresentará uma resposta bem diferente da que foi dada anteriormente. E este é um típico procedimento a ser adotado pelos professores em geral: sondar e pesquisar o que as crianças dizem, para até evitar que ocorram conflitos interpessoais. Normalmente, os pais não costumam admitir que seus filhos mentem, pois faz parte do instinto materno e paterno defender seus filhos a qualquer preço e custo, especialmente em tempos atuais que, por serem obrigados a trabalhar e estarem sempre ausentes, procuram compensar o sentimento de culpa superprotegendo e não responsabilizando as crianças pelos atos cometidos. Este é um fator que ajuda a esclarecer porque tantos pais passaram a ser vítimas de seus filhos: se permitem que mintam para os demais, certamente, fazem o mesmo com eles, ocultam-lhes verdades e tornam a convivência familiar desastrosa. É bom lembrar que quando se dá a uma criança o respaldo às suas incoerências e falsidades, seu processo de estruturação psicológica e emocional está sendo comprometido, tendendo a se cristalizar negativamente, podendo se tornar uma constante em sua vida adulta.



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