Admiráveis Mundos Novos
(Pablo Nogueira)
Na década passada,quando começaram a surgir descobertas sobre novos planetas, os astrônomos eram tomados de assombro porque a maioria do que viam não tinha paralelo no Sistema Solar.Os primeiros exoplanetas percebidos eram muito grandes, alguns chegavam a ter 10,15, até 20 vezes a massa de Júpiter(Júpiter tem a massa de 318 Terras).Alguns desses grandalhões contornavam sua estrela em pouco mais de dois dias! E o que dizer dos planetas sem estrela,encontrados vagando pelo espaço sem destino? Até pouco tempo atrás, as surpresas inexplicáveis se acumulavam.Porém os cientistas agora já tentam estabelecer fundamentos teóricos que lhes permitam entender o que descobrem, classificando os planetas em grupos e usando a estatística para chegar a conclusões.A origem dos planetas gigantes pode ser explicada pela Teoria da Acreção, a mais aceita para formação planetária.Também existe uma explicação para planetas gigantes extremamente próximos de sua estrela: depois que o planeta se forma ainda ocorre interação gravitacional com o disco de poeira e gás.Esse processo que faz com que o planeta se afaste ou se aproxime do seu sol se chama migração.Quando ele migra em direção a estrela sua órbita diminui, como se ele estivesse num rodamoinho, mas tudo isso acontece bem devagar.Um planeta que completa sua órbita em poucos dias pode levar um bilhão de anos para se incorporar à estrela.Vale a pena esclarecer também que um dos primeiros mistérios revelados pela pesquisa dos exoplanetas já foi solucionado, são estrelas do tipo anã-marrom.Estrelas e planetas tem origens diferentes mas são frequentemente confundidos.Quanto ao rebaixamento de Plutão,pode-se responsabilizar a descoberta do astrônomo Mike Brown,que em janeiro de 2005 encontrou algo maior do que o astro batizado em homenagem ao deus infernal.O fato gerou muita polêmica e protestos de pessoas que azucrinaram a UAI com cartas e e-mails a fim de defender o status planetário de Plutão.A decisão da entidade, anunciada em agosto de 2006, jogou Plutão na recém-criada categoria dos planetas-anões.Este fato gerou uma nova definição de planeta, uma definição ambígua e pouco precisa, mas que representa uma mudança de paradigma bem clara: não faz sentido amarrar o termo planeta ao que já observamos, quando há tanto a compreender nos outros sistemas.Depois da última década as observações dos exoplanetas tornaram mais claro que Plutão não deveria permanecer no grupo.O ritmo de descobertas da nova década é acelerado. Em 1998 Boss escreveu um livro detalhando o que se conhecia na área até então e o chamou de "Looking for Earths:the race to find new solar systems"(Procurando por Terras:a corrida por encontrar novos sistemas solares).
Fonte: Revista Galileu
Editora Globo
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