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Objectivo: matar Fidel
(Fabián Escalante)

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Não há conhecimento histórico de que qualquer líder, tal como Fidel Castro, tenha sobrevivido a tantas tentativas de eliminação. No período compreendido entre Jan/1959 e Dez/2000 foram registadas 634 tentativas de atentado que Fabián Escalante classificou em duas categorias: aquelas onde os executantes efectuaram acções práticas antes de serem descobertos, detidos e julgados (167 casos), noutra os complôs detectados e neutralizados em fase preparatória (467 casos).
Muitas destas tentativas tornaram-se públicas em 1975 quando Frank Church, um senador dos EUA, liderou uma investigação às acções da CIA relacionadas com a eliminação de líderes politicos estrangeiros hostis à política de Washington. Ficou então demonstrado que em 1961 Richard Bissel com a anuência de Allen Dulles, ambos elementos de topo na hierarquia da CIA, ordenaram a criação da operação ZR Rifle. Directa ou indirectamente, este “mecanismo” foi responsável por parte substancial das tentativas de eliminação de Fidel Castro.
O autor deste livro, que admite ter utilizado alguns recursos de ficção sem no entanto falsear os factos reais nem o rigor histórico, foi fundador dos serviços de segurança cubanos tendo alcançado em 1976 a chefia da contra-informação desse departamento. Como tal, por inerência das funções desempenhadas foi interveniente e/ou testemunha previlegiada em parte dos factos relatados.
O registo das tentativas para assassinar Fidel Castro como líder revolucionário, remontam ao tempo da guerilha na Sierra Maestra, quando no dia 25/Dez/1958 o norte-americano Alan Nye, a soldo do FBI e de Fulgêncio Baptista, é descoberto, capturado e julgado (em Diários-inéditos-da-guerrilha-cubana é registada uma anterior tentativa de Eutímio Guerra em Jan/1957).
Com recurso ás mais variadas formas, que vão desde as simples pistolas até à utilização bazucas e morteiros de artilharia, passando por sofisticados venenos a serem injectados por finíssimas agulhas praticamente invisíveis ao olho humano, várias foram as entidades e organizações que promoveram e/ou apoiaram tais tentativas. Por exemplo, grupos de cubanos no exílio ou não, como Alpha 66, Resistência Agramonte, Segunda Frente do Escambray e Rescate, a organização nicaraguense anti-sandinista denominada Comando Saturnino Beltrán ou entidades norte americanas como a CIA, o FBI e até mesmo a Máfia.
Foram também registadas algumas tentativas da eliminação física de Fidel Castro por individuos actuando isolados e de “motu próprio”. Tentaram-no, Pascual Peña Garcia em Julho/1967 na Praça da Revolução e em Março/1969 o ex-militante do Movimento de Recuperação Revolucionária, Agusti Rivero Rodriguez, em El Cancre.
Um dos nomes que mais vezes aparece ligado não somente a este tipo de acções atentórias contra Fidel, mas também por atentados a interesses cubanos quer no interior da ilha quer no exterior, é o de Luis Posada Carriles, cubano naturalizado venezuelano, que entre outros factos é acusado pelo abate de um avião da Cubana de Aviacion com 73 passageiros a bordo, quando em 1976 voava sobre Barbados.
Nem todas as tentativas se limitavam á simples eliminação física de Fidel. Algumas tiveram objectivos mais latos, incluindo acções de sabotagem em larga escala. A operação Libório, liderada por José Pujals, apesar de projectada após a fracassada invasão da Baía dos Porcos, somente foi desencadeada a 29/Set/1961 e visava lançar o caos na capital, dinamitando o aqueduto de Havana, sabotando o hotel Capri, incendiar os armazéns Sears, Fin de Siglo e J.Valdés enquanto se aguardava um momento propício para abater Fidel Castro a tiro na alameda do palácio presidencial. As sabotagens seriam da responsabilidade e coordenação de Manuel Izquierdo enquanto o atentado estaria a cargo de António Veciana.
Algumas das tentativas foram efectuadas fora do espaço territorial de Cuba. Em Set/1960, durante a permanência em Nova York para participar no XXXIV período de sessões da ONU, foram detectadas três tentativas: uma por envenenamento com botulina sintectica introduzida numa caixa de charutos e em dois momentos a utilização de cargas explosivas. A eficiência da policia local foi preponderante na anulação das referidas acções.
Em Nov/1972, durante uma visita a convite de Salvador Allende, Fidel foi alvo de quatro atentados: dois em Santiago do Chile – sendo um deles na varanda do palácio de La Moneda e o outro no decurso de uma conferência de imprensa. Um terceiro, no regresso, durante a escala do avião cubano no aeroporto de Lima (Peru) e o último no aeroporto de Quito (Equador).
Entretanto Fidel Castro sobrevive a 10 presidentes dos EUA:
- Dwight Eisenhower
- John Kennedy
- Lyndon Johnson
- Richard Nixon
- Gerald Ford
- Jimmy Carter
- Ronald Reagan
- George Bush (pai)
- Bill Clinton
- George Bush (filho)



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