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O HOMEM QUE CALCULAVA - Literatura para PAS/UnB -2006
(Malba Tahan - ( Análise - Prof. Divino J. Pinto))

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"O Homem que Calculava" de Malba Tahan, pseudônimo de Júlio César de Mello Souza, prof. de matemática que sempre demonstrou interesse pela cultura árabe, é uma leitura diferente e sugestiva.
O personagem Malba Tahan criado pelo autor é uma figura sempre envolvida com problemas de matemática. Ficção e realidade histórica se misturam na proporção certa, tornando o texto de agradável leitura. Leva-nos a imaginar que seja um romance auto-biográfico, embora o autor não o apresente como tal. Uma análise do texto permite observar: 1- Contexto histórico em que a narrativa se desenrola em torno da figura do personagem persa Beremiz Samir - o calculista - num ambiente próprio da Antiga Arábia, tendo como ponto central a cidade de Bagdá. Toda a beleza, costumes, valores de um povo inseridos envolvem o leitor com a riqueza de detalhes que nesse ambiente pode ser encontrado: xeiques, vizires, princesas, camelos, mercadores, etc., além das referências a outros povos -chineses e hindus - tudo entremeado de questões matemáticas muito bem apresentadas de forma lúdica. A linguagem é de caráter mais moderno do que a da época retratada. Tudo é exótico, curioso, nada tem a ver com o que o homem atual está acostumado. O texto como um todo desperta sentimentos de nostalgia, de aventura que só é imaginado pelo leitor moderno. 2- Estilo - O autor usa duas técnicas de composição; a) Formal - que preserva a maneira clássica árabe; b) a Simples - narrativa, informativa. Esta junção de estilos permite ao autor informar sobre o povo focalizado e sua cultura, gerando expectativas. Ele cria uma história dentro da história principal, maior. Com estilo próprio, livre, no qual apresenta os fatos, expressa sua visão do mundo com a leveza meditativa do homem do deserto em contraste com a solenidade dos palácios suntuosos, onde a tradição é o bem maior.
Utilizando exercícios de raciocínio Malba Tahan vai apontando aspectos da relação pacífica entre a matemática e a filosofia, a poesia, a retórica, os códigos e linguagens, bem como faz observações sobre certas peculiaridades na formação de linguagem como o francês e do inglês como sistemas numéricos. Vai rompendo mitos, e gradualmente discorre sobre os números, cores, poesia, de forma fantástica numa busca de unidade das coisas.
Analisando o texto temos: 1- quanto à linguagem e ao gênero - é um romance pela riqueza de detalhes, variação de ambientes, personagens, acontecimentos e pela tese fundamentada da boa convivência entre os diferentes, seja entre pessoas,ou religiões e culturas. 2- os Personagens - apresenta uma variedade de personagens que se sucedem no conjunto de 34 episódios entrelaçados entre si; eles vão surgindo e se somando aos já presentes, porém há um protagonista - Beremiz Samir, juntamente com "bagdali" que conduz a narrativa, sempre presente na narrativa. O protagonista é reflexivo.compenetrado, voltado para a habilidade de calcular e todos os demais personagens estão de alguma forma relacionados a ele. 3- Tempo e Espaço - um tempo infinito que revela o aspecto cultural de uma civilização num espaço que por si só traduz essa cultura. 4- Foco narrativo - com muito suspense o narrador não só narra como também participa dos fatos (de forma parcial). Realidade e ficção se misturam o tempo todo.
Conclusões - O texto é uma criação literária romanesca, envolvente, quer pelo exótico das cenas, quer pelas soluções dos problemas matemáticos e de cálculo; o autor-personagem transporta o leitor a um universo especial, envolvente, mágico.



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