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Liberdade e Sociedade (Parte 1)
(Wilbur Schramm; William L. Rivers)

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A comunicação de massa é actualmente um negócio que pode servir todos os grandes económicos da sociedade e ser um poderoso instrumento de controlo de classe.Quer no jornais, rádios ou televisões, os seus dirigentes são quase sempre líderes empresariais da sua comunidade, pelo que a possibilidade de privilégios de classe está relacionada com os veículos de informação, e manifesta-se tanto no entretenimento como na informação.O proprietário de uma agência de comunicação de massa tem o direito de encaminhar a orientação que desejar, desde que em conformidade com a lei. Porém, não há muitas provas de que o público esteja ciente da orientação editorial. Por exemplo, o New York Daily News, jornal americano de maior circulação, dedica uma página editorial apaixonadamente republicana a um público maioritariamente por democratas, interessado nas imparciais colunas noticiosas.Num jornal americano, um inquérito apurou que mais de 50% dos seus correspondentes sentiam pressões subtis no sentido de orientarem os artigos de acordo com as inclinações do editor.Na maior parte dos casos, esses correspondentes cederiam aos preconceitos dos editores, de tendência republicana.Já a nova geração de editores são maioritariamente homens de negócios de temperamento aventureiro, mais preocupados com o equilíbrio económico do que em considerar se o liberalismo e o internacionalismo são ou não produtos diabólicos de Franklin D. Roosevelt. Muitos acham que o jornalismo responsável não é lucrativo.Actualmente, o partidarismo político entrou em declínio. Em 1932, só 5,8% dos diários americanos eram independentes ou neutros. Em 1964, eram já 59,4%.Não quer isto dizer que a submissão de classe e a submissão política e económica estão a desaparecer. Muitos editores continuam a manter um estrito controlo das notícias que são publicadas.Apesar destas situações não serem já muito comuns, esse controlo pode ser exercido de forma indirecta. De facto, a recompensa a determinados comportamentos, a transformação dos premiados em exemplos, a selecção dos temas, tudo isso são formas de distorção quando os jornalistas elaboram as mensagens.  Há duas defesas contra a submissão de classe e esse tipo de privilégios: primeiro, maior consciência da parte dos executivos da posição que ocupam; segundo, um sentimento crescente de profissionalismo entre os jornalistas do sistema de comunicação de massas.CONTROLO ATRAVÉS DO FINANCIAMENTO.Segundo um editor financeiro e de negócios do New York Herald Tribune, Donald I. Rogers, os empresários conservadores deviam destinar as suas verbas de publicidade apenas às publicações e programas conservadores, argumentando que ao financiarem outras publicações estão a financiar os inimigos.Porém, o empresariado que financia essas publicações fá-lo, não porque são liberais, mas porque são importantesO financiamento publicitário dos veículos impressos é considerável (pelos menos dois terços da renda total de jornais e revistas) mas é independente das notícias, editoriais e notícias.  Na rádio, o financiamento publicitário é total. O anunciante na rádio e na televisão compra um programa, ou um período de tempo durante ou adjacente a determinado programa. Na televisão, os patrocinadores tendem a apostar em “planos de dispersão”, isto é, em parcelas de tempo comercial espalhados entre vários programas.Teoricamente, a informação e a opinião devem estar livres de controlo do patrocinador. Além disso, a quantidade de publicidade deve estar em proporção equitativa com a quantidade de informação e entretenimento.Para um editor de um jornal ou de uma revista, o seu compromisso é relativo ao público. Se o público é interessado e fiel, será sempre lucrativo publicitar nesse meio..Sendo sobretudo locais, os jornais tendem a possuir um contacto mais directo com os publicitários locais do que uma revista com publicitários nacionais. Mas as revistas também passam por este tipo de problemas.Da mesma forma que o anunciante decide se compra um espaço num jornal ou numa revista, tem também o direito de decidir se patrocina determinado programa ou não.Num veículo como a rádio, o perigo é que os anunciantes forcem o radialista a renunciar à sua liberdade para servir o público.Já quanto à informação, a separação entre o noticiário e o comercial devia ser mantida no ar da mesma forma que na imprensa. Nem locutores nem comentaristas deveriam ser patrocinados já que assim colocava-se apenas a responsabilidade de transmitir notícias correctas sobre o jornalista radiofónico.São menos prejudiciais os casos individuais de controlo pela publicidade do que a aparente falta de controlo do editor das distorções da publicidade.Atentemos no compromisso postulado pelo Código de Propaganda dos Negócios Americanos, elaborado em 1964, relativamente à publicidade:VeracidadeResponsabilidadeGosto e moralidadeCalúnia aos competidoresPropaganda enganosaExplicitação de cautelas e penhoresAnúncios de preçosAfirmações sem comprovaçãoTestemunhos autorizadosO que é facto é que este Código foi prontamente esquecido e abundam os casos de publicidade enganosa e dissimulada.  ( ver Parte II no link disponibilizado em baixo em ' Links Importantes ')



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