Barbeiro, um hóspede terrível
(Carlos Rossi; ?Mega Arquivo)
Barbeiro, um hóspede terrível
A doença de Chagas deveria estar restrita aos pequenos mamíferos das matas da América desde a Patagônia até o sul dos EUA. Gambás conviviam com barbeiros e assim acabavam hospedando em seu organismo o Tripanossoma cruzi. A destruição das matas possivelmente desalojou os barbeiros, que então invadiram os casebres de pau a pique, onde passaram a contaminar animais domésticos e seres humanos. É um iseto hematófago, ou seja se alimanta de sangue, o barbeiro procura o rosta para dar a picada, que não é sentida já que ele expele um líquido anestésico, logo depois de picar o inseto defeca. Nas fezes está o perigo, o Tripanossoma, que aproveita a brecha para entrar no organismo. De 4 a 6 dias mais tarde aparece uma mancha avermelhada e dolorosa no lugar da picada. O infectado tem febre baixa e contínua além de falta de apetite. Na fase aguda da doença o baço e o fígado aumentam, equanto os batimentos aceleram. Tais sintomas duram algumas semanas, cedendo abruptamente. Aí o problema se torna crônico, o coração é o órgão mais prejudicado, pois o Tripanossoma prefere se alojar nas suas fibras musculares. O maior problema é que parasitas como o Tripanossoma e o plasmódio da malária, driblam o sistema de defesa do organismo, dificultando a criação de vacinas, por enquanto o combate eo vetor e manter a distância são as únicas armas. No Brasil, 12 milhões de pessoas ainda são vítimas da doença, quen costuma atingir unicamente uma classe, a dos pobres.
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