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“A voz do Brasil”
(Paulo Bearzoti Filho)

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O texto “A voz do Brasil”, de Paulo Bearzoti Filho - da Revista Discutindo Língua Portuguesa- Ano 1 / no 4- São Paulo: Escala Educacional, p. 32-37 tem como tema principal a fala do presidente Lula. O autor apresenta alguns “erros” gramaticais cometidos por nosso presidente, insere no texto críticas de alguns profissionais ao comportamento lingüístico de Lula e mostra, através de exemplos, que brasileiros ilustres, com grau de escolaridade bem superior ao de Lula, também cometem “erros” de mesmo nível. Menciona como o nosso presidente vem se esforçando, levando em consideração as críticas recebidas, para mudar sua fala, tornando-a cada vez mais próxima do padrão, do “purismo” gramatical.
O autor se apresenta no texto como narrador intruso, utilizando tanto a 3ª pessoa para descrever as diversas situações, para envolver o leitor na narrativa, para apresentar alguns depoimentos, como a 1ª pessoa, se inserindo no contexto, como especialista na língua portuguesa, comentando os “erros” e apresentando as formas gramaticais corretas.
Encontram-se mesclados no texto comentários e críticas, de jornalistas e docentes conceituados, de algumas situações onde o presidente cometeu gafes gramaticais, como por exemplo o acontecido em 21 de julho de 2005 e relatado pelo jornal A folha de S.Paulo, quando o presidente, na refinaria da Petrobras em Duque de Caxias(RJ), comentando sobre o “mensalão”, fala: “..E não vai ser a elite brasileira que vai fazer eu baixar a minha cabeça”. Talvez para não colocar Lula exposto à opinião pública, o jornal, ao publicar a manchete, faz três alterações corretivas na fala do presidente. O autor comenta as alterações e menciona outros “erros” ortográficos cometidos pelo presidente, quando utiliza as palavras “estrupo” e “menas”.
Ao longo da narrativa, o autor ora critica os “erros” cometidos por Lula, ora se torna condescendente em relação aos mesmos, tenta justificar as gafes e mostra que pessoas mais esclarecidas, como é o caso de Paulo Renato Souza, reitor da Unicamp e ministro de educação, também cometem “erros” de Português. Ele faz uma análise sob o ponto de vista da gramática tradicional e das estruturas lingüísticas do português e mostra que dependendo do contexto onde estão inseridos, alguns “erros” cometidos por Lula podem ser considerados gramaticalmente corretos.
O que deve ser ressaltado é valor de Lula. Não são os “erros” gramaticais cometidos no passado que devem ter o maior peso e sim a comprovação de que os mesmos vêm diminuindo, mostrando que Lula vem se esforçando e conseguindo mostrar que é capaz de mudar, não somente sua aparência, mas também sua forma de se expressar, apesar de sua deficiência educacional.
Este é um texto que merece ser lido por todos que estejam abertos a rever conceitos.
Paulo Bearzoti Filho é professor de língua portuguesa, supervisor dessa disciplina nas Escolas do Grupo Positivo (Curitiba,PR) e autor, entre outras obras, de Formação Lingüística do Brasil (Positivo, 2002).



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