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Televisão e Educação - A TV Como Prolongamento do Indivíduo
(Joan Ferrés)

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Os media e o desenvolvimento das capacidades humanas:
McLuhan (Understanding Media, 1969). Tese: qualquer invenção técnica pode ser considerada como uma extensão ou prolongamento de alguma faculdade humana. Baseia-se num argumento histórico de que os meios que temos para comunicar com o exterior desenvolvem certas qualidades perceptivas e mentais e inibem outras. Nas culturas orais a memória era mais desenvolvida, porque predominava o ouvido. Nas culturas escritas reina a palavra, onde o sentido predominante é a visão. Consequentemente, no uso da palavra desenvolvemos mais a nossa capacidade de abstracção e análise.
Hoje existem evidências indicando que o estímulo predominante é o audiovisual. As estatísticas assim o dizem. Através da televisão, desenvolveram-se uma série de potencialidades contidas nesse estímulo. As suas transformações mudaram os nossos esquemas mentais, as nossas estruturas perceptivas e a nossa sensibilidade. 
A Hiperestimulação sensorial provocada pela televisão provoca no homem o fenómeno ‘zapping’. ‘Zappiando’ constantemente, o homem que foge de canal para está condenado a  uma visão fragmentada da realidade, que depois se traduz na percepção global de uma cultura mosaico. Mas para além da cultura mosaico, é preciso náo esquecer que ela modificou processos mentais, designadamente alterou os nossos processos de cognição, do texto verbal (escrito e falado) como da imagem. As consequentes respostas afectivas despoletadas são consequências derivadas de uma  multiplicação e mediação de experiências quotidianas, que se reflectiram na actual imediatez e impaciência do homem de hoje.

A TELEVISÃO COMO AGENTE DE CONSUMO
Contactando directamente e sem barreiras com o homem, através do+s sentidos sensoriais, A televisão como agente de consumo revelou potencialidades infinitas. Reparemos na dimensão publicitária do meio, que promovendo produtos acaba por pomover, na sua permanente e continuada incitação ao consumo, a própria televisão como objecto de consumo. Confundindo dois conceitos distinstos, publicidade e a informação, revela-se a informação como mercadoria, já que numa lógica comercial é convertida a  televisão como mercadoria. Difundidndo imagens interminantemente, o espectáculo em casa, permenente e ininterrupto, torna-se um facto quotidiano; real e ficção confundem-se, vinga a realidade como espectáculo. E assim se menospreza a reflexão através da trivialização e descontextualização dos conteúdos. 

A TELEVISÃO COMO GRATIFICAÇÃO SENSORIAL, MENTAL E PSIQUICA
Pelo seu impacto, a televisão já entrou nos pântanos profundos da natureza humana. A televisão como gratificação sensorial, mental e psíquica para o homem é uma fonte inesgotável. Pela gratificação do espectáculo televisivo, por onde academos a campos de experiência quase infinitos, complexos sistemas de transferência, de identificação e rejeição, moldam o nosso inconsciente colectivo, a nossa bagagem mental transforma-se. Produzindo uma espécie de catárse ou libertação: no espírito humano, tudo o que o homem vê na televisão é o triunfo da ordem e da harmonia. Através dela o mundo desfila nos seus olhos; o prazer da transgressão, no contacto mediado, oscila numa dialética entre o conhecido e o desconhecido. O contacto visual e directo leva à esquizofrenia do espectador, confundido por dois sentidos de realidade: TV e real. A televisão como espelho, com duas realidades distintas – a que se reflecte e a que se é – juntam hoje a televisão e o mito de narciso, no culto incessante do exterior.
 
A TELEVISÃO COMO TRIUNFO DO MITO DA OBJECTIVIDADE
Uma das mais comuns associações feitas pelos especialistas actuais na análise da televisão, é a visão da TELEVISÃO COMO TRIUNFO DO MITO E DA OBJECTIVIDADE. Dando o mundo em directo, é o mito da objectividade que sai reforçado – “o que vemos é verdade”. A credibilidade dos códigos icónicos, obscurecidos pela velocidade das imagens, faz-nos interrogar: é a televisão uma janela aberta ao mundo? Não. Erro crasso. A objectividade como falácia: é um fenómeno tanto da ciência como da televisão, que a primeira combate e a segunda promove. Embriagado por uma dinâmica complexa, para o especatdor o processo de selecção de conteúdos reflecte uma escolha social, cultural, política. O  processo se selecção códigos, voluntário e involuntário, visa produzir sentido. É inevitável a criacção de estereótipos, resultantes das convenções sociais mais fortes. Vemos a imagem como ocultação da realidade, como forma de evasão do quotidiano. O culto da aparência, bem visível na dimensão actual da indústria da moda, transportam-nos de uma iconosfera a uma iconocracia. Na nossa mente, o critério da televisão como realidade, o de que tudo o que vemos é real, induzem-nos à percepção da televisão como substituição da realidade.Não se limitando a reproduzir o real, afirma-se a televisão como geradora de realidade. Torna-se hoje urgente uma recuperação da realidade pelo homem.
 
A TELEVISÃO COMO MEIO DE SOCIALIZAÇÃO
Uma das mais importanes e decisivas explicações do seu sucesso na sociedade actual, é as potencialidades da televisão como meio de socialização. Numa ógica de persuasão permanente, televisão e penetração cultural são quase sinóminos, dada a omnipresença do ecrãn. O critério que vale é o da informação como poder: “quem tem a palavra tem o poder” (Protágoras). Logo, é a televisão como poder que emerge, amplinado o seu grau de implicação no mundo. Esse aumento da sua interferência no mundo agudiza uma certa insensibilização geral nos espectadores, impotente para resistir à força dos estereótipos. Este imbricado processo de trocas recíprocas entre homem e televisão, indiciam uma nova colonização, desta vez cultural. Em vez de esclarecer, a televisão introduz a  informação como desinformacção, bem visível nas influências americanas que encontramos no  messianismo yanqui, novo “american way of lyfe”. O mito da liberdade de expressão, que encontrou terreno fértil na televisão, tornou possível a colonização pela ficção.



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