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Os Sonhadores
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Bertolucci é um cineasta acostumado às polêmicas: O Conformista (1970) e La Luna (1979) são filmes que geraram discussões acaloradas, indignação e reconhecimento para o talento do diretor italiano por explorarem temas como política e obsessão sexual com vigor e sedução. A produção “Os Sonhadores”, lançada em 2003, além de não fugir a regra, as sintetizas na história do encontro entre dois irmãos gêmeos biveterinos, o casal Théo e Isabelle, com o jovem estadunidense Matthew, na Paris de 1968. Exibindo seu amor pelo cinema (nas imagens e brincadeiras dos amigos com filmes como “A Vênus Loira” estrelado por Marlene Dietrich) Bertolucci expõe os caprichos sexuais dos gêmeos franceses, que se relacionam de modo tão profundo que se aproximam do incesto. Matthew compõe o último vértice do triângulo, o escolhido para impulsionar a liberação sexual dos irmãos. Entregues ao desejo, eles se esquecem do cotidiano. Trancafiados em casa e vivendo ao máximo essa paixão os jovens ficam sem comida, sem telefone, enfim, sem o essencial para uma vida burguesa confortável (e, eles são burgueses, apesar de toda licenciosidade e retórica engajada), e ainda ignoram o momento político de mudanças, a atmosfera de transformação social.
A película possui uma forte tensão política, que se dá no âmbito da oralidade, que faz perceber a revolução que está próxima da sua eclosão. O conflito do pacifismo – a transformação pelas palavras que Matthew defende com convicção – e a da ação direta – a da mudança pelo confronto físico que Théo e Isabelle se verão envolvidos mais tarde – pode ser divisada na contenda verbal que se estabelece durante um jantar entre Théo e o pai, um poeta idealista, ou nas discussões de Matthew com Théo, que se julga maoísta, mas não age, não esta nas ruas exigindo liberdade.
O filme trata de assuntos como amadurecimento, o processo doloroso do rompimento com hábitos que nos prendem a situações impeditivas desfavoráveis a mudança no agir social ou político. A história de obsessão, dependência, conflito político e amor ao cinema ganha contornos francos graças ao liame que se forja entre o elenco (Eva Green, Michael Pitt e Louis Garrel) e Bertolucci. Um filme que não agrada a todos, mas que merece ser visto pela ousadia, sinceridade e domínio da arte cinematográfica que Bernardo Bertolucci exibe.



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