Resumo de A Matéria Está Cheia de Espaço Vazio

No século 18, George Berkeley, bispo de Cloyne, declarou ousadamente: “A matéria não existe, o que percebemos como substância sólida, por exemplo, madeira ou ferro, é apenas impressão que Deus faz com que se produza em nosso cérebro.” O Dr Samuel Jonhson, bateu fortemente o pé em uma pedra e disse: “ Essa é a minha refutação”. Os avanços da física e a química sugerem que a matéria tem muito menos substância do que aparenta e quanto mais penetramos em sua estrutura microscópica mais parece que essa substância vai desaparecendo. Parmenides (540-470 AC) acreditava que uma modificação real é impossível e tudo o que existe tem que ser duradouro. Heráclito, (550-480 AC) ao contrário, sustentava que tudo se encontra em permanente transformação, nada tem cosistência a não ser a lei da variação, mesmo os objetos que aparentemente estão em repouso total, como o Sol, uma pedra, não são imutáveis. A saída foi encontrada por Demócrito (460-370 AC), com a idéia de que todo a matéria seria composta de pequeníssimas partículas, a que chamou átomos. Assim,a diferença entre uma árvore, uma montanha e um chapéu ou um pedaço de carne seriam explicadas por sua diferente composição atômica. Nessa teoria duas afirmações se destacam: Os átomos existem e podem se mover livremente pelo espaço, daí se deduz que há 2 componentes essenciais no mundo: os átomos e o vazio. Durante 2 mil anos tal teoria foi apenas uma idéia entre muitas outras. Só depois da descoberta da radioatividade e do elétron a comunidade científica adotou sem reservas a doutrina de Demócrito, mas ainda sem uma concepção clara de como seriam os átomos. Sólidos e indestrutíveis como pensavam os gregos, ou compostos de subpartículas. Se havia elétrons era preciso aceitar que cada átomo continha partículas com carga elétrica positiva e negativa. Um físico da Nova Zelândia, Ernest Rutherford, especialista em radioatividade e sobretudo na chamada desintegração Alfa, um núcleo de Hélio com carga positiva. Utilizou esses núcleos como munição para bombardear lâminas metálicas muito finas e verificou que as partículas foram rebatidas e se esparramaram em todas as direções. Seria como se uma granada de artilharia rebatesse ao encontrar um muro de papel. O físico deduziu que na estrutura da lâmina de metal havia centros onde se armazenava tal quantidade de massa que as partículas Alfa eram detidas e rechaçadas. Esse modelo de átomo, já nada tinha a ver com a idéia dos antigos gregos, eles não são corpos duros, indestrutíveis e impenetráveis.

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