Trapalhadas Acadêmicas
(Carlos Rossi; ?Mega Arquivo)
Trapalhadas Acadêmicas
A pesquisa científica americana, a mais produtiva do planeta sofreu 2 golpes no início da década de 1990. O respeitado físico Frank Close, do Laboratório Nacional de Oak Ridge, anunciou os resultados de uma investigação rigorosa que teria feito nos últimos anos a respeito de uma das mais rumorosas descobertas científicas recentes, a fusão a frio. Segundo Close, a dupla de químicos Stanley Pons e Martim Fleishmann, da Universidade de Utah, fraudaram os resultados de seu experimento, que simulava uma reação de fusão nuclear, uma forma de produzir energia barata, limpa e abundante usando a energia de uma bateria de automóvel. O segundo golpe envolveu uma cientista nascida no Brasil, a mais renomada escola de tecnologia do mundo, o MIT e o prêmio Nobel de medicina de 1975, David Baltimore. Segundo uma investigação cujos resultados preliminares foram divulgados, a médica Thereza Imanishikari, paulista de Indaiatuba, que fizera carreira nos EUA, teria falsificado informações que incluiu numa pesquisa sobre a produção de anticorpos, realizada no MIT. Fraudes científicas despontaram por causa do clima de competição entre as Universidades e os Institutos de pesquisa; as verbas são destinadas aos pesquisadores mais produtivos e com certa freqüência, alguns cientistas arredondam os dados para tornarem as pesquisas mais atraentes. Num levantamento em 1989, o governo americano apontou 87 casos de fraude em pesquisas não militares, um número preocupante, ainda que pequeno quando comparado aos milhares de trabalhos sérios conduzidos no país. A história de Flaishmann e Pons com a fusão a frio foi um dos melhores exemplos de tal fenômeno. A dupla promoveu um show de mídia em março de 1989, para divulgar uma experiência sem dados comprovados. Duas hipóteses foram levantadas para explicar a ilusão da fusão: Uma é a de que Pons e Fleishmann confundiram a fusão com um processo físico de desestruturação do núcleo mais íntimo da matéria, com uma banal reação química. Na experiência da dupla, a energia de uma simples bateria de automóvel teria conseguido fundir átomos de hidrogênio e liberado 4 vezes mais energia na forma de calor do que foi gasta no processo. A outra hipótese é a de eles mediram uma estupenda emanação de nêutrons, não porque houvera fusão, mas devido a uma característica do gás radioativo usado na experiência, o radônio reage com o hidrogênio e libera nêutrons.
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