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Uma Pupila Rica
(Joaquim Manuel de Macedo)

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Uma
pupila rica intitula-se comédia, mas é na verdade um drama sobre as
tentativas de um tutor de apoderar-se da herança de sua protegida,
casando-a com seu filho, mantendo a fortuna na família e assim evitando
a falência. Mas o amor vai interferir nessa trama e atrapalhar esse
casamento por interesse. Essa temática do rico herdeiro cuja herança é
alvo da ambição de pessoas inescrupulosas é bastante comum na
literatura e no teatro do século XIX, tendo sido inclusive abordada em
1845 na famosa comédia de Martins Pena, O noviço. Outras
características do enredo - como a defesa dos interesses femininos e o
anti-escravagismo - são também muito freqüentes na obra de Joaquim
Manuel de Macedo.
A
peça, embora completa e acabada, permaneceu inédita mesmo depois da sua
morte em 1882. Isso provavelmente se deveu ao insucesso crítico de
Antonica da Silva, seu último texto encenado em vida, de 1880, e do
posterior recolhimento do autor em sua residência, ao que parece
sofrendo de algum tipo de doença mental. Há no entanto uma certa
confusão sobre a data em que foi escrita. A cópia existente na Divisão
de Manuscritos da Biblioteca Nacional é datada de 1840, onde é
creditada ao dr. Manuel Joaquim de Macedo (?). Ora, existiu um Manuel
Joaquim de Macedo, que não era doutor, mas maestro de profissão,
sobrinho do nosso autor, para quem musicou algumas obras teatrais.
Nesta data, no entanto, ainda não era nascido. O próprio Joaquim Manuel
de Macedo em 1840 tinha apenas 20 anos de idade, e ainda não era
formado em medicina (só vai sê-lo em 1844), portanto não podia se
intitular doutor. Se fosse verdade, Uma pupila rica teria antecedido em
quase uma década a sua estréia como autor teatral (O cego, 1849), e
permanecido guardada por 42 anos, o que não parece verossímil, entre
outras coisas pelo estilo maduro e comedido do texto, longe das
brejeirices românticas de sua juventude.
Apesar
dessa data equívoca estar bastante visível na primeira página da cópia
manuscrita, tanto J. Galante de Souza (O teatro no Brasil, INL, 1960 e
Machado de Assis e outros estudos, Ed. Cátedra / INL, 1979) quanto
Tania Rebelo Costa Serra ( Os dois Macedos / A luneta mágica do II
Reinado, Fundação Biblioteca Nacional/DNL), os dois melhores estudiosos
de Joaquim Manuel de Macedo, que confessadamente não leram a peça, a
dataram de 1870. Esse outro erro, do qual os dois pesquisadores não são
culpados, por sua vez originou-se de artigo de Artur Mota publicado na
seção Perfis Acadêmicos da Revista da Academia Brasileira de Letras nº
113, de maio de 1931, páginas 80/99. Nele é informado que os originais
pertenceram ao extinto Instituto dos Bacharéis em Letras (1867-1875) e
é feita a referência à cópia existente na Biblioteca Nacional. Embora
Galante de Souza considerasse que Artur Mota "não merecia crédito total
por não revelar suas fontes" (página 316 do já citado O teatro no
Brasil), reproduziu essa informação, por sua vez repetida no livro de
Tania Rebelo Costa Serra.
Em
1995, Uma pupila rica foi pela primeira vez editada em co-edição da
Prefeitura Municipal de Itaboraí, RJ (terra natal do escritor) com a
Biblioteca Nacional. Foi nela que baseamos o nosso texto, que, por ter
permanecido inédito, possui alguns lapsos e trechos de difícil
entendimento, assinalados respectivamente como sic e ilegível. Outras
pequenas falhas (troca de nome de personagens ou da numeração de cenas)
foram corrigidas por notas de pé de página.



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