Transtorno do Pânico
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A síndrome do pânico é uma condição mental psiquiátrica que faz com que a pessoa que o sofra, tenha ataques de pânico esporádicos, intensos e muitas vezes recorrentes. Pode ser controlado com medicação e psicoterapia. Ressalte-se que um ataque de pânico pode não constituir doença (se isolado) ou ser secundário a outro transtorno mental. Essa condição pode durar meses ou mesmo anos, dependendo de como e quando o tratamento for realizado. Se não tratado, pode piorar a ponto de afetar seriamente a vida social da pessoa, que tenta evitar os ataques e termina por acontecer. Muitas pessoas tem problemas com amigos e familiares ou perdem o emprego em decorrência do transtorno do pânico.
Os sintomas físicos de uma crise de pânico aparecem subitamente, sem nenhuma causa aparente (apesar de existir). Os sintomas são como uma preparação do corpo para algo "terrível". A reação natural é acionar os mecanismos de fuga. Os sintomas mais frequentes são: Contração (tensão muscular), rijeza, palpitações, tontura, atordoamento, náuseas, dificuldade de respirar (boca seca), calafrios ou ondas de calor, sudorese, etc.
A síndrome do pânico constitui um problema sério de saúde, bem diferente de outros tipos de ansiedade, caracterizando-se por crises repentinas, sem fatores desencadeantes aparentes e, frequentemente, incapacitantes. Depois de uma crise de pânico, por exemplo, enquanto dirige, fazendo compras em uma loja lotada ou dentro de um elevador; a pessoa pode desenvolver medos irracionais (chamados fobias) destas situações e começar a evitá-las. Gradativamente a ansiedade e o medo de outra crise podem atingir proporções enormes, e a pessoa com o transtorno poderá se tornar incapaz de dirigir ou mesmo sair de casa.
O transtorno acontece por que o sistema de "alerta" normal do organismo, isto é, o conjunto de mecanismos físicos e mentais que permite que uma pessoa reaja a uma ameaça, tende a ser desencadeado sem necessidade, sem perigo iminente. O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores que são responsáveis pela comunicação que ocorre entre os neurônios (células do sistema nervoso). Estas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais do organismo (ex: andar, pensar, memorizar, etc.). Um desequilíbrio nos neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos.
Atinge atualmente 2 a 4% da população mundial, acomete mais mulheres do que homens em uma proporção de 3 para 1. Há muito que esse transtorno deixou de ser um diagnóstico de exclusão. As pessoas que sofrem deste mal costumam fazer uma verdadeira "via-crucis" a diversos especialistas médicos e após muitos exames complementares recebem, às vezes, o patético diagnóstico do "nada", o que aumenta sua insegurança e desespero. Por vezes esta situação dramática é reduzida a termos evasivos como: estafa, nervosismo, stress, fraqueza emocional ou problema de cabeça. Isto pode criar uma incorreta impressão de que não há um problema de fato e de que não existe tratamento para tal patologia.
Transtorno do Pânico é real e potencialmente incapacitante, mas pode ser controlado com tratamentos específicos. Pelos seus sintomas, ele pode ser confundido com uma doença cardíaca ou outra doença grave. Os médicos em geral tentam confortar o paciente em crise de pânico, fazendo-o entender que não está em perigo. Mas estas tentativas podem às vezes piorar as dificuldades do paciente: se o médico usar expressões como "não é nada grave", "é um problema de cabeça" ou "não há nada para se preocupar", isto pode produzir uma impressão incorreta de que não há problema real e de que não existe tratamento ou de que este não é necessário.
Atinge em sua maioria, pessoas jovens (entre 21 a 40 anos), que encontram-se em plena atividade profissional. Geralmente são pessoas extremamente produtivas à nível profissional, costumam assumir uma carga excessiva de responsabilidades e afazeres, são bastantes exigentes consigo mesmas. Não convivem bem com erros ou imprevistos, têm tendência a se preocuparem excessivamente com problemas cotidianos, alto nível de criatividade, perfeccionismo, excessiva necessidade de estar no controle e de aprovação, auto-expectativas extremamente altas, pensamento rígido, competente e confiável, repressão de alguns ou todos os sentimentos negativos (os mais comuns são, o orgulho e a irritação), tendência a ignorar as necessidades físicas do corpo, entre outras. Essa forma de ser acaba por predispor estas pessoas a situações de stress acentuado, Tudo isto pode levar ao aumento intenso da atividade de determinadas regiões do cérebro desencadeando assim um desequilíbrio bioquímico e consequentemente o aparecimento do Transtorno.
Existe uma variedade de tratamentos. Os profissionais de saúde mental especializados no tratamento do transtorno do pânico são os psiquiatras, psicólogos, conselheiros de saúde mental e assistentes sociais. Para prescrever um tratamento medicamentoso para esse problema, a pessoa deve procurar um médico (geralmente um psiquiatra). O tratamento inclui medicamentos e psicoterapia, conhecida como terapia cognitivo-comportamental. Está em uso uma nova técnica denominada estimulação magnética transcraniana repetitiva que também vem sendo indicado.
"Informações apenas educativas, necessitando de ajuda procure um profissional"
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