A LEBRE, A RAPOSA E A MISÉRIA - fábulas
(esopo)
Conta assim Esopo: Uma lebre encontrou com a raposa de que só havia ouvido a fama. Perguntou: Na verdade ganhas mesmo muitas coisas ou tu as tens porque teu nome é “raposa”? Responde esta: Para tirar as dúvidas vem à minha casa onde vou servir um almoço. Quando entrou na toca da raposa verificou tarde demais que ela, lebre, era o almoço! A própria lebre conclui: Na minha desgraça finalmente sei que a fama da raposa não vem do mérito, mas da astúcia. Concluem alguns tradutores: geralmente acontece a desgraça aos incautos muito curiosos. Temos procurado e achado nas parábolas e lições da Babilônia e da antiqüíssima Suméria versões das fábulas de Esopo quase ao pé da letra, com outras lições. Esta é exatamente a mesma, em escrita cuneiforme, exceto na conclusão. O Rei professor conclui aos seus pupilos humanos em aprendizado que tomem muito cuidado com as raposas das trevas, pois convidam suas vítimas para conhecer suas artes e os curiosos que caem na armadilha lhes servem daí em diante como escravos, com serviços cada vez mais extorsivos e miserabilistas. Evidentemente esses bens materiais que correntemente se diz pertencerem ao Poder do Mal, deixando a todos na Miséria, não chega aos trevosos por seus méritos e sim pela astúcia. E o sábio Rei Sumério está mais atual do que nunca para explicar a Miséria em que o escravagismo trevoso nos meteu. Há no Evangelho de Tomé uma parábola de Jesus onde Ele mostra a seus discípulos um criador de ovelhas levando uma gorda ovelha às costas e lhes pergunta “para que leva ele a ovelha às costas?” e recebe a resposta de que é para mata-la e comê-la. Conclui: tende cuidado, vós outros, para não serdes tornados em cadáveres e devorados por quem não conheceis.
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