Transtorno Obsessivo-Compulsivo
(Wikipedia)
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo ("TOC") é uma doença na qual a pessoa apresenta obsessões e compulsões, ou seja, sofre de idéias e/ou comportamentos que podem parecer absurdas ou ridículas para ela mesma e para os outros. Mesmo assim são incontroláveis, repetitivas e persistentes.
Obsessões podem ser definidas como idéias, imagens ou pensamentos que invadem a mente da pessoa, independente da sua vontade. Causam incômodo, desconforto ou sofrimento para a pessoa, que embora perceba o seu caráter irracional, dificilmente consegue afastá-las.
Compulsões são comportamentos e/ou atos mentais repetitivos e estereotipados que a pessoa é levada a executar voluntariamente para reduzir a ansiedade ou mal-estar causado por uma obsessão ou para prevenir de alguma coisa temida. A pessoa reconhece o caráter irracional do comportamento, apesar de dificilmente conseguir evitar sua ocorrência.
O Transtorno Obsessivo-Compulsivo é considerado o quarto diagnóstico psiquiátrico mais frequente na população. De acordo com os dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), até o ano 2020 o "TOC" estará entre as dez causas mais importantes de comprometimento por doença. Os Sintomas Obsessivo- Compulsivos (SOC) causam incômodo e angústia aos pacientes e seus familiares, interferindo nas atividades diárias.
É comum as pessoas acometidas por este transtorno esconderem de amigos e familiares essas idéias e comportamentos, tanto por vergonha quanto por terem noção do absurdo das exigências auto-impostas. Muitas vezes os portadores desses sintomas não sabem que esses problemas provém de uma doença e que é tratável com medicamentos específicos e psicoterapia. As obsessões tendem a aumentar a ansiedade da pessoa ao passo que a execução de compulsões a reduz. Porém, se uma pessoa resiste a realizacão de uma compulsão ou é impedida de fazê-la surge intensa ansiedade. A pessoa pode perceber que a obsessão é irracional e reconhecê-la como um produto de sua mente, experimentando tanto a obsessão quanto a compulsão como algo fora de seu controle e desejo, o que causa muito sofrimento.
Pode ser incapacitante porque as obsessões podem consumir tempo (muitas horas do dia) e interferirem significativamente na vida diária da pessoa, no seu trabalho, em atividades sociais ou relacionamentos com amigos e familiares.
O tratamento deve ser individualizado, conforme as características e a gravidade dos sintomas que o paciente apresenta. Em geral, utiliza-se a psicoterapia de orientação dinâmica ou cognitivo-comportamental associada com tratamento farmacológico às vezes, em doses bem mais elevadas que as utilizadas no tratamento da depressão. Entre os fármacos preconizados, destacam-se os Inibidores da Recaptação de Serotonina (IRS), tanto os seletivos como os não seletivos. A Clomipramina é a droga padrão-ouro, e muitos Inibidores Seletivos da Recaptação da Serotonina (ISRS), como fluoxetina, sertralina e paroxetina, são utilizados com boa eficácia.
O Transtorno obsessivo-compulsivo pode originar-se de uma predisposição genética. Estudos realizados por pesquisadores de diferentes países mostram que mutações genéticas desempenham um papel importante no desenvolvimento do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). “Não temos dúvidas de que a doença tenha origem genética. Inicialmente os especialistas acreditavam que o distúrbio possuía origem psicológica. Mas, atualmente, cresceu bastante o número de evidências que mostram uma pré-disposição genética para o TOC. Isso nos ajuda a compreender melhor a doença, e, consequentemente, tratá-la do modo adequado”, analisa Humberto Correa, pesquisador da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
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