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A Lei do Desejo
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Pablo Quintero, um famoso realizador e encenador madrilenho acaba de estrear o seu último filme, que aborda abertamente o tema do voyeurismo homossexual. A estreia é um sucesso, o público aplaude. Mas esse grande sucesso irá marcar o ponto de partida para a horrível tragédia que se avizinha, porque é aí que António, um belo rapaz de 20 anos, descobre a sua própria natureza e fixa Pablo, que ainda não o conhece, como o objecto do seu desejo.   Pablo está apaixonado por Juan, mas Juan não é homossexual e apesar de amar Pablo, sente que não lhe pode dar tudo o que ele deseja, que não consegue dar-se todo. Juan deixa Madrid, esperando que a distância os ajude a esquecerem-se um ao outro.   Antonio tenta aproximar-se de Pablo; frequenta os mesmos cafés e bares. Quando finalmente consegue meter conversa, Pablo sugere-lhe que o acompanhe a casa. Antonio hesita, a descoberta da sua própria homossexualidade é recente, e afirma secamente:  "não costumo acompanhar homens" . Mas o desejo é mais forte, e quando Pablo sai, Antonio dá-se por vencido e segue-o. Será a sua primeira experiência homossexual e Antonio vive-a sofregamente. Quando, na manhã seguinte, ao ler uma carta de Juan, descobre que Pablo está apaixonado por outro, fica enraivecido e sai deixando uma nota ofensiva onde apelida Pablo de "porco" e "pedófilo" .   Tina, a irmã de Pablo, é transexual, católica ferverosa; os dois únicos homens que amou foram o seu pai e o padre da escola primária onde estudou. A sua vida é desequilibrada,tal como a sua personalidade. Pablo adora a irmã e dá-lhe o papel principal na sua encenação de "A voz humana" de Cocteau. Quando Pablo lhe diz que vai ser a protagonista do novo filme que ele está a escrever, inspirado na vida dela, Tina fica furiosa:  "os meus fracassos são o que me resta... ninguém vai escrever um guião sobre eles".   A raiva de António não dura muito, o seu desejo é já uma obstinação, e regressa para Pablo. Mas não se satisfaz com pouco, quer tudo, quer saber tudo sobre Pablo, quer estar na vida toda de Pablo. E sofre por saber que Pablo não sente o mesmo por ele, que não está apaixonado por ele.    Numa localidade da costa, Juan também pensa em Pablo. Ama-o e sente-se infeliz por não lhe poder retribuir a paixão e lhe satisfazer completamente o desejo. Deprimido e saudoso, liga para Madrid e pede a Pablo que o venha visitar. Pablo, animado, aceita o convite.   Quando António descobre que Pablo vai regressar para os braços do rival. Tem que agir e antecipando-se, visita Juan. Diz-lhe que é namorado de Pablo, que Pablo encontrou nele o que buscava, que lhe dá tudo o que ele quer. Mas a obstinação de Antonio já raia a loucura e, desejando Pablo, quer possuir tudo o que ele deseja. Incluindo Juan. Quando caminham pela costa, junto a um farol onde Juan costuma passear a sua tristeza, Antonio tenta beijar Juan e quando este reage, afastando-o, força-o. Lutam e Antonio empurra Juan que cai pela falésia, morrendo no mar. Pablo chega e descobre que o seu apaixonado está morto. Rapidamente percebe que foi António que o matou: António diz-lhe que agora já nada os pode separar: "fi-lo por nossa causa... esta morte unir-os-á para sempre" . Pablo sai desvairado. No carro, de regresso a Madrid, chora descontrolado e despista-se contra uma árvore na berma: parte uma perna e uma concussão cerebral deixa-o amnésico.   No hospital, Tina acompanha o irmão, fala-lhe da sua infância, dos seus pais, de como mudou de sexo e como ele sempre a apoiou. Diz-lhe que finalmente encontrou um homem por quem se apaixonou e tenta proteger Pablo da polícia que o quer interrogar. A polícia desconfia que Juan foi assassinado: suspeitam de Laura P., o pseudónimo feminino que Pablo usava quando escrevia a António para que a mãe deste não suspeitasse da homossexualidade do filho. Pensam que Tina é Laura P.. Julgam que Pablo lhes vai revelar toda a verdade.    Mas quando a polícia, sarcasticamente, lhe pergunta se também não sabe que a sua irmã tem um caso com António, é que Pablo percebe o que está a acontecer. António enlouqueceu e pode fazer mal à sua irmã. Telefona-lhe para casa e diz-lhe que corre perigo, que deve fugir. Mas Tina não consegue e fica refém de António, que a ameaça matar.   Quando Pablo chega com a polícia, a casa é cercada e António aceita libertar Tina, mas exige negociar com Pablo. para o que pede uma hora com ele. Pablo sobe e António liberta Tina. Ficam a sós. António põe uma música romântica a tocar, abraça Pablo e diz-lhe que "faria tudo o que fosse preciso para estar com ele" . Acompanha o refrão da música, cantando:  "Duvido, duvido... que chegues a amar-me... como eu te amo a ti" . Pablo dá-se conta do tamanho imenso do amor que António sente por ele e percebe que é um amor completo, raro e único, algo a que não se pode ficar indiferente. Fazem sexo apaixonadamente e, quando a sua hora se está a esgotar, António levanta-se e sai do quarto. Pressentindo a tragédia, Pablo grita por António, mas este pede-lhe que não venha... Soa um tiro! Pablo percebe que acaba de perder o homem da sua vida: chorando desesperadamente abraça o corpo já inerte do seu amado.



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