Que Loucura!
(Woody Allen)
Tenho certeza que pode-se definir o humor da década de 80. De um modo superficial sobre o modo com que Woody Allen se expressava durante esse período. Como críticas sobre as relações inter e extra conjugais. E como escritor ele segue a sua mesma linha como diretor no livro Que Loucura! (Side Effects, 1980). Nesse livro eu pude reconhecer traços de muitas das suas obras cinematográficas, como na crônica “Na pele de Socrates”, em que um condenado durante um sonho conversa com Ágaton e Símias sobre o verdadeiro significado da morte com parábolas, nota-se que o nome do personagem é Woody.
Como são crônicas, e de Woody Allen, eu me atrevo a dizer que a tradução do título acompanha o ritmo da obra, apesar de que efeito colateral também encaixa ao conteúdo. Porque tem muitas histórias loucas e completamente dentro do nonsense, embora a história permaneça com o seu sentido. A “Ameaça do OVNI” em que ele fez uma análise sobre a existência dos extraterrestres, usando citações de figuras como Goethe e também comentários que levam para a comédia do absurdo, “O Dr. Brackish Menzies, que trabalha no Observatório de Monte Wilson, ou está em observação no Hospício de Monte Wilson (sua letra não é muito legível), afirma que, se tais seres viajassem à velocidade da luz, levariam milhões de anos para chegar à Terra, (...), e que, a julgar pela má qualidade das peças atualmente em cartaz , tal expedição dificilmente valeria a pena.”
Porém, do Woody da década de 80 eu gosto se sua linguagem fantástica, de como ele faz com que uma obra entre dentro da outra. Do mesmo modo que em “A Rosa Púrpura do Cairo” (Purple Rose of Cairo, 1985), em que há uma história de amor entre uma cinéfila e o seu ator/personagem favorito, nesse livro à mesma maneira um professor tem um caso com Madame Bovary. Através de uma caixa mágica ele consegue entrar em qualquer livro e faz isso em busca de uma mulher mais interessante do que a sua esposa em “O caso Kugelmass”, ganhador do prêmio O. Henry de 1978).
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