Resenha crítica de "A Divina Comédia"
(Costa. Ana M C)
Resenha de: A Divina Comédia escrita por Dante Alighieri
ALIGHIERI, Dante;
A Divina Comédia: adatpada por Cecília Casa;
São Paulo: Scipione, 1996;
Série Reencontro, 55 páginas
ISBN:85-262-2818-8
Vida; Céu; Humanidade; Morte; Inferno.
“No meio do caminho de minha vida, por ter-me desviado da estrada reta, encontrei-me perdido numa selva escura.” Página 7.
“Na fossa seguinte ? já a quinta ?, os corruptos se debatiam em piche fervente,sob o arpão certeiro dos demônios que os obrigavam a permanecer submersos.” Página 21.
“Aquela vastidão, aquele firmamento, aquela luz, a música das esferas despertou em mim o desejo de saber o porquê de tudo aquilo, e Beatriz, que tinha o dom de ler meus pensamentos, procurou tranqüilizar o meu coração” Página 42.
Resumir A Divina Comédia pareceu-me a princípio um trabalho fácil mas, e sempre tem um mas, não foi a moleza que eu achava que fosse. Esta obra divina trata de uma questão que enche de anseio a humanidade. Existe vida após a morte? E sendo sim a resposta da pergunta anterior; Como será esta outra vida.
Em dado momento da vida o protagonista/autor, descobre-se entre uma selva escura e três feras: uma pantera, um leão e uma loba (a luxuria, o orgulho e a avareza). Sem saber o que fazer, de repente ele percebe alguém que deseja falar-lhe. Esse pessoa é só, Virgílio, o príncipe troiano, o herói da Eneida.
Juntos Virgílio e Dante vão empreender uma fantástica viagem; o príncipe de Tróia conta a Dante que está a seu lado atendendo ao pedido de um anjo.
Tendo tão corajoso guia turístico nossos aventureiros começam sua longa jornada através dos nove círculos do inferno, Virgílio segue mostrando onde são expurgados os diferentes pecados, o sofrimento dos condenados, os rios infernais, suas cidades, monstros e demônios, eis um exemplo de como é o inferno “?Quando um homem comete suicídio?ele me disse?, sua alma cai neste lugar e, como se fosse uma semente, vai crescendo até transformar-se em árvore, de cuja a copa as harpias se alimentam, causando-lhe muita dor.”
Juntos os viajantes continuam até chegarem ao centro da terra, onde vive Lúcifer; “?Vexilla regis prodeunt Inferni (‘Já emergem os estandartes do rei do Inferno’) ?me disse Virgílio, em latim. ?Olha lá em frente![...] ? Eis Satanás ? exclamou Virgílio ?, arma-te de coragem!” Essa é a apresentação do ‘Diabo’ ao nosso protagonista.
Deixando a paisagem infernal de imagem dolorosa para trás. O guia e o turista desta divina comédia tem diante de seus olhos um céu cor-de-safira que brilhava empalidecendo a constelação de Peixes. É nesse cenário que entra o fiel guardião do purgatório que pede a Virgílio: “Mas antes de mais nada, cinge esta alma com o junco da serenidade [...]e lava-lhe o rosto para que, livre de toda impureza, apresente-se condignamente diante do primeiro anjo do Senhor.”
O Purgatório de Dante tem a aparência de uma montanha que de tão alta ultrapassa a esfera do ar e penetra na esfera do fogo chegando a alcançar o céu. Na base da montanha encontram-se os dois níveis do ante-purgatório, onde aqueles que se arrependeram tardiamente dos seus pecados aguardam a oportunidade para entrar no purgatório propriamente dito.
Depois de passar por estas salas de espera, os poetas atravessam um portal e iniciam sua nova odisséia, desta vez subindo cada vez mais. Passam por sete terraços, cada um mais alto que o outro, onde são expurgados cada um dos sete pecados capitais.
No último círculo do purgatório, Dante se despede de Virgílio e finalmente encontra Beatriz, o anjo que solicitou de Virgílio o auxilio a Dante,
Esse feliz encontro se acontece às margens do rio Letes, onde para purificar-se ainda mais, banhe-se Dante nas águas do rio para que possa prosseguir viagem e subir às estrelas.
O Céu de Dante é repleto de beleza e luz. É como os antigos poetas imaginavam Parnaso o monte sagrado das musas, onde reinavam, eternas, as estações das flores e dos frutos.
“Parecia que eu via o universo inteiro sorrir. [...] Um fulgor traspassou-me a alma e o Amor, que move os céus e as estrelas, tomou posse da minha vontade e do meu desejo.
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