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Mortalidade materna é superior ao índice aceitável
(Eder Luis Santana)

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De cada 100 mil mulheres grávidas na Bahia, 113 morrem durante a gestação ou até um ano após o parto vítimas de problemas obstétricos como hemorragias, consequências de abortos e descolamento de placenta. O índice é 1.030% superior ao considerado aceitável pela Organização Mundial de Saúde, que estipula o índice em 10 óbitos por cada 100 mil gestantes. Nesta quinta-feira, 28, Dia Mundial de Combate à Mortalidade Materna, estudiosos aproveitam para reafirmar que a melhoria da saúde pública é o melhor meio de reduzir esses números no Estado.
De acordo com dados da Secretária Estadual de Saúde, 80% dos óbitos maternos são evitáveis, desde que sejam tomadas precauções como o acompanhamento pré-natal. Na Bahia, 12,6% das mortes são causadas por eclâmpsia. Outros 10,5% são motivados por abortos e 10,5% por descolamento prévio de placenta.
A vice-coordenadora do Instituto Mulher Pela Assistência Integral à Saúde, Direitos Sexuais e Reprodutivos, Lília Marinho, comenta que os dados sobre esse assunto são sempre subnotificados. "É o caso dos abortos. Pesquisas mostram que a primeira causa de morte materna na Bahia é o aborto. No entanto, no atestado de óbito muito vezes não é citado esse problema e a mulher aparece como vítima de infecção generalizada", afirma.
Dependentes do Sistema Público de Saúde, as mulheres que mais morrem são as de baixa renda. Lília assinala que para reverter esse quadro é preciso oferecer na rede pública todos os métodos contraceptivos, além de estimular o pré-natal. "Outro problema é a tendência das mulheres optarem pela cesariana, em que existe maior chance de infecção para a mãe e o bebê", completa.
Segundo ela, a opção se deve à demora no procedimento natural. "O parto normal demora 12 horas, enquanto a cesárea dura 40 minutos", explica.
Pré-Natal - A OMS recomenda que a mulher tenha pelo menos seis consultas ao longo da gestação e o pré-natal deve começar no primeiro trimestre da gravidez. No entanto, a diretora de gestão do cuidado da Sesab, Débora do Carmo, lembra que muitas mulheres têm dificuldade de encontrar atendimento na rede básica de saúde ou demoram para iniciar o acompanhamento médico. "Se a gestação é bem acompanhada é possível identificar muitos fatores de risco", comenta.
Para tentar reverter o quadro atual, o Ipas – uma ONG que trabalha com temas ligados a saúde e aos direitos reprodutivos da mulher – informou em nota oficial que, na Bahia, as entidades que lutam pela causa tem pressionado o governo para a ativação dos Comitês Estaduais de Morte Materna, idealizados no início da década de 90 com o objetivo de analisar com mais detalhes as causas das mortes, o que permitiria uma atuação mais efetiva contra o problema. Outra solicitação é a integração entre as unidades de saúde básica e hospitalar durante o pré-natal e no pós-parto, o que não acontece atualmente na rede pública de saúde.



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