Mercúrio, 2ª Parte
(Carlos Rossi; ?Mega Arquivo)
Mercúrio, 2ª Parte
O núcleo da Terra é formado por uma grande esfera de metal fluido, permeado por partículas eletrizadas. A rotação desse material subterrâneo acaba gerando uma espécie de bobina ou eletroímã gigante. São tais bobinas que geram o campo magnético terrestre, conhecido desde a antiguidade por sua ação sobre as bússolas. Mercúrio aparentemente não conta com um campo metálico fundido. Se tal núcleo existisse, seu calor deveria escapar gradualmente do interior do planeta. Mas a energia emitida por ele consiste apenas em energia captada pelo Sol e devolvida para o espaço. No seu esdrúxulo movimento orbital, seu dia é quase tão longo quanto o ano, pois completa seu giro em torno do Sol em apenas 88 dias, mas dá uma volta em torno de si mesmo o equivalente a 60 dias terrestres. Resultado: durante toda a 1ª metade do ano, o planeta expõe ao Sol apenas uma de suas faces, que fica superaquecida, depois é a vez da outra, por isso seu solo é um fenômeno á parte. A noite, depois de tantos dias na escuridão, a temperatura cai para -40°C, mas a 1 metro da superfície, ainda alcança 40°C. É admirável que a baixa gravidade mercuriana possa reter atmosfera, ainda porque, gases aquecidos tem mais força para escapar. No entanto, dados da Mariner 10 já denunciavam uma levíssima brisa sobre o solo ardente, composta de hidrogênio, oxigênio e hélio. Há sinais também de sódio e potássio, substâncias que na Terra formam minerais sólidos. É o caso do cloreto de sódio.
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