Fahrenheit, 11 de Setembro
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FAHRENHEIT
Nenhum documentário fizera tanto sucesso nos Estados Unidos da América quanto o filme de Michael Moore, um cineasta estadunidense que usando imagens de arquivo, faz de George W. Bush o protagonista de sua obra. Após investigar como os americanos se tornaram alvo de ataques terroristas, o diretor da obra ganhadora da Palma de Ouro do Festival de Cannes em 2004 traçou paralelos entre a família Bush e a família de Osama Bin Laden, acusado de promover os atentados de onze de setembro de 2001, que marcou a história dos Estados Unidos da América.
Fahrenheit descreve o terror sofrido pelos norte-americanos, que começa pouco antes das eleições para presidente. De forma milagrosa, George W. Bush, governador da Carolina do Norte, com alto índice de recusa por parte de seus eleitores, sai do segundo lugar na preferência do eleitorado e se destaca na reta final da campanha. Usando o poder de influência de seu pai, George Bush, que recebera dos príncipes árabes a quantia de um bilhão e quatrocentos milhões de dólares, para financiar negócios da família, o presidenciável injetou dinheiro na campanha e, comprando a mídia eletrônica em todo o país, induziu o colégio eleitoral a votar nele, como melhor opção.
Após a posse o presidente Bush foi passear com sua família, passando maior parte dos seus primeiros oito meses de mandato de férias, pescando, caçando e dando entrevistas, alegando que a segurança americana estava indo “de vento em popa”, motivo pelo qual as famílias estadunidenses poderiam ficar tranqüilas enquanto ele se divertia. Depois de cortar as verbas dos setores de segurança nacional, George W. Bush ignorou o alerta dado pela CIA, a polícia federal americana, que descobriu que Osama Bin Laden planejava atacar os Estados Unidos e havia infiltrado muçulmanos em cursos de aviação civil. No dia 10 de setembro de 2001 Bush viajou para o estado da Carolina, onde planejava fazer campanha, para aumentar os índices de aceitação perante o povo. Ele começou a visitar escolas. No dia 11 o presidente americano estava discursando numa escola, quando recebeu o telefonema alertando que a primeira torre do World Trade Center havia sido atingida. O chefe de estado não mencionou palavra alguma e, após novos ataques, que derrubaram a segunda torre e destroçaram o Pentágono, símbolo do poder bélico norte-americano, o presidente continuou imóvel, sem nada dizer.
Enquanto Nova Iorque pedia socorro ao mundo, Bush mal sabia o que fazer, principalmente porque não poderia saber se algum dos seus amigos árabes, incluindo a família Osama haviam o traído. A Força Aérea americana bloqueou o espaço aéreo, obrigando até o ex-presidente George Bush, pai do chefe de governo e de estado a viajar de carro, mas os mais de vinte familiares da família do maior terrorista do mundo foi retirada de jatinho às pressas dos EUA, furando o bloqueio das forças armadas por ordem direta da Casa Branca.
A resposta presidencial aos ataques terroristas foi que Osama Bin Laden iria pagar pelo que fez e nenhum terrorista ou presidente que o apoiasse ficaria ileso. As forças aliadas da OTAN, Organização do Tratado do Atlântico Norte, resolveram se unir aos americanos, e como resposta aos terroristas, acusaram os iraquianos, que nunca sequer ameaçaram um americano, de estarem produzindo armas de destruição em massa e bombas nucleares, além de abrigar o terrorista mais procurado do mundo. Iniciados os ataques ao Iraque e Afeganistão, dois dos maiores produtores de petróleo do planeta, seus presidentes foram capturados e o seu poder reduzido a cinzas. A soberania da região mesopotâmia foi desrespeitada e os aliados tomaram o comando das nações, que não conformadas, resistiram aos ataques, mesmo em desvantagem. Para diminuir o caos no oriente médio Bush nomeou um de seus sócios enquanto fora empresário para ocupar a vaga de presidente interino do Iraque. Garantindo a construção do gasoduto que atravessara o país, Bush conquistou a opinião pública mundial promovendo o terror implícito no pensamento de todos os habitantes das Américas, fazendo alertas vermelhos, alegando que novos ataques terroristas poderiam ocorrer. Bilhões de dólares foram investidos em armamento bélico e as empresas ganhadoras da concorrência para proteger o território americano e fornecer armas era de propriedade dos antigos sócios de George W. Bush.
O diretor, cineasta e produtor Michael Moore, embora sensacionalista, prendeu a atenção da platéia de todos os cinemas onde fora veiculado o documentário de cento e dez minutos, que além de mostrá-lo ao mundo, apresentou uma nova estrela de cinema, que por todas as imagens de arquivo de Moore, se destacou e arrastou multidões para ver George W. Bush nos telões.
As falhas de enredo e gravações, embora notadas, não estragam a sensacionalista história do atentado de onze de setembro, pelo contrário, dão uma idéia de improviso, prendendo os espectadores até o final de sua exibição. Os mais de dez minutos de aplausos no Festival de Cannes justificam porque o documentário fez tanto sucesso. O filme, embora tenha dividido opiniões no mundo inteiro, vai causar reflexão profunda em seus espectadores, principalmente os que estudam a ciência do direito internacional.
Marcus Vinicius Santos Sousa, acadêmico de Direito Faculdade Maurício de Nassau, Salvador-Bahia
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