BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


A SARÇA E O GATO. - FÁBULAS
(ESOPO)

Publicidade
 Ao analisar a fábula dos três sócios da Empresa Comercial (Morcego, Sarça & Gaivota) ficamos vendo que ficava uma lacuna sem completar o entendimento sobre a Sarça. Vasculhando Planude não tivemos sorte e nada achamos. Sempre procuramos nas parábolas sumerianas e babilônicas alguma estória que explique melhor a situação da sarça. Um dia encontramos esta curta notícia, que, pela sua natureza mais oriental ainda, entendemos que o monge cristão de Bizâncio não gostaria de incluir na sua coleção. Eis o que diz Esopo: "Para bem utilizar a Sarça e atender seus sonhos, um dia Zeus a reencarnou no grau animal como um gato". Estava assim fechado o circuito da fábula em que não atinávamos com um "final feliz" para atender a frustração da Sarça. Com as duas parábolas juntas, agora vamos redigir de novo este trabalho de Zeus. Assim podemos dizer que as leis da metempsicose levam em sucessivas reencarnações a atender desejos insatisfeitos em vidas anteriores. Assim como as gaivotas eram naquela fábula o símbolo dos homens que vão retornar em busca de satisfazer-se recuperando o que perderam em vidas anteriores, assim é que Zeus teve pena da Sarça que perdeu seus tecidos no naufrágio. O Pai dos Deuses fez com que ela reencarnasse formando um gato! E deu tudo certinho! As garras ficaram muito bem nas quatro patinhas! A longa coluna e cauda do gato se formaram com as varas flexíveis da Sarça! E nada melhor do que revestir o bichano com um manto de veludo com o qual agora a Sarça gato recuperou os tecidos perdidos. Daí em diante caminha pelos bosques orgulhosamente caçando os passarinhos (vingando-se da gaivota que a esqueceu?) e devorando os ratos (mui semelhantes aos morcegos que se esconderam na noite?). Quanto ao Monge Máximus Planude deve ser perdoado pelos Morcegos, pelos Gatos, pelas Sarças, pelos adeptos da metempsicose e por Zeus, por Esopo, pelos leitores curiosos... Afinal conseguimos recuperar a parábola que se junta àquela pequena fábula que já apresentamos com o título "Homens, reencarnação de animais". Lembram dela? Essa fábula estava muito sozinha na coleção e, como sabemos, era corrente na época admitir que as almas transmigram de Reino em Reino para evoluírem. Afinal das contas foi Jesus Cristo que nos deixou duas preciosidades nesse terreno, em paralelo com a frase "Na Casa do Pai existem muitas moradas". A primeira é quando responde aos discípulos que querem alcançar o Reino muito superior ao terrestre de que o Mestre dos Mestres falava e Ele tem que responder à curiosidade: - "Falo o tempo todo deste mundo que vocês conhecem, e não me entendem! (São as Leis para alcançar o próximo degrau, não é mesmo?) Como vão entender se eu falar do outro?" A segunda preciosidade é quando nos diz: - "O que o Pai do Céu preparou para aqueles que o amam, nenhum olho viu, nenhum ouvido ouviu, nem jamais passou pela mente de nenhum mortal". Pensando bem, será que a Sarça sonhou enquanto era Sarça que viria a ser um Bichaninho correndo entre os bosques, arqueando seu dorso e alisando o veludo de uma permanente e lustrosa veste, defendendo-se com as mesmas garras que eram seu orgulho como Sarça? Diz o adágio florentino: "Si non è vero, è bene trovato" (se não é verdadeiro, é bem colocado).



Resumos Relacionados


- A SarÇa E O Abeto - Fábulas

- A Raposa E A SarÇa - FÁbulas

- A Oliveira, A RomÃzeira, A SarÇa E A Macieira-fábulas

- Zeus E O Paraiso Perdido - Fábulas

- Biblia - MoisÉs E A SarÇa Ardente



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia