BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Possessão
()

Publicidade
Produção francesa de 1982, “Possessão” retrata um processo de desestruturação psicológico, insano e perverso, vivido por uma mulher (Isabelle Adjani, arrebatadora), casada e mãe de uma pequena criança. Anne, a personagem de Adjani, passa por uma crise conjugal. Ela rompe o relacionamento com o marido Mark (Sam Neill), e confessa ter um amante. Mark não entende os motivos da separação e percebe o crescente abalo emocional da esposa. Com o passar do tempo, e inúmeras discussões, agressões e apelos, a demência de Anne se intensifica; a mulher parece entregue a algo destrutivo e incompreensível. Ela deixa o filho, a casa, e passa a viver em um edifício decadente. Mark experimentando vários sentimentos em relação à esposa termina por mergulhar em uma obsessão sem limites, e descobre a relação da mulher com uma criatura estranha com a qual ela compartilha o apartamento. Criatura essa que a domina emocional e sexualmente, e que a cada assassinato cometido por Anne começa a receber contornos e feições humanas. O estágio de loucura do casal atinge níveis irreversíveis. Anne é completamente subjugada pela criatura, e Mark se apresenta cada vez mais alucinado em sua ligação com a esposa.
Filme perturbador que apresenta personagens enigmáticos e possui uma trama instigante, na qual os valores, o senso de humanidade e de compromisso se degradam perante a sedução e as obsessões de um mundo, onde a fé mostra-se esmorecida e a eventualidade parece ser guia das nossas ações e aspirações. O “absoluto” perdeu sua magnitude diante de processos cotidianos – regulares, extenuantes e vazios – que favorecem aquilo que é nocivo, que culmina na perda de parâmetros no convívio social. Valores centrais da civilização ocidental como família, amizade, trabalho são insuficientes para conter o descalabro das disposições que constituem o conjunto de valores que chamamos de moral.
Cada assassinato - que proporciona a transformação física da criatura, de seu estado embrionário até a posse da anatomia humana – é uma espécie de inversão, que humaniza fisicamente, mas destrói, desumaniza moralmente. Apesar do enredo intrigante, o filme de Zulawsky envolve o espectador com suas implicações metafísicas que apresenta o conflito entre o eterno e o contingente. Mas, na esfera daquilo que é profano, profundamente humano que a obra surpreende e assusta. Num mundo permissivo, qual o limite da realidade? Quais são os pontos de convergência ou de separação entre a fé e o acaso? Um filme estranho, inventivo e desconcertante.



Resumos Relacionados


- Frankstein De Mary Shelley

- Uma Visão Sobre:ensaio Sobre A Cegueira, O Filme

- Anna Karenina (anna Karenina)

- Adorável Professor

- Filmalegria



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia