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Meu Pé Esquerdo - My Left Foot
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O filme, que foi dirigido por Jim Sheridan (o mesmo diretor de O Lutador), baseia-se na história real de Christy Brown, e é um dos mais importantes dramas bibliográficos já levados para as telas.
Ao lado de O Óleo de Lorenzo, encabeça a lista de filmes imperdíveis do gênero.
Meu Pé Esquerdo não é só mais uma história de auto-superação, é um clássico desses que ensinam e ao mesmo tempo constrangem, pois que dotados de alta dose de sensibilidade, verdade e genialidade.
Christy Brown (Daniel Day-Lewis) foi o décimo entre 22 filhos de um pedreiro de Dublin (Irlanda). Com tantos irmãos e em meio a uma pobreza flagrante, é de se espantar que uma criança como ele possa ter sobrevivido. Só que ele não apenas sobreviveu, mas tornou-se o mais célebre entre todos os irmãos, numa história de auto-superação e força de vontade ímpar em todo o mundo.
Uma primeira reação que se pode ter ao assistir Meu Pé Esquerdo é querer estapear-se no rosto para provocar o despertar da preguiçosa mente que custa a aprender o real valor da vida – já que é exatamente isto o que nos mostra Meu Pé Esquerdo.
“Nunca mais” – você deverá repetir para si mesmo – “nunca mais eu vou me permitir um dia sequer de ócio ou revolta contra qualquer dificuldade de vida que venha a ter”.
Seria uma reação exagerada, até, se o enredo não falasse de um homem praticamente sem nunhum movimento físico. A parte mais independente e viva de Christy Brown sempre foi sua mente poderosa e determinada, mas, em seu corpo, teve sempre e apenas o pé para atender aos comandos dessa mente brilhante.
Ele sofreu desde o nascimento de grave paralisia cerebral que também lhe tirou todos os movimentos do corpo, exceto o pé esquerdo. E é apenas com este pé que ele vai se tornar escritor, artista plástico (pintura em tela) e filósofo.
É preciso enfatizar isto porque às vezes, no decorrer do filme, tem-se a impressão de que isto não é totalmente verdade, dada a agilidade e capacidade de produção de Christy mostradas na tela.
Quantas vezes nós, pessoas em cujo corpos tudo ou quase tudo funciona, nos atrapalhamos com nossas mãos na hora de escrever algumas linhas, nos detemos diante de qualquer dificuldade ou recuamos diante de uma privação?
Christy treinou seu pé esquerdo para fazer tudo o que lhe desse na cabeça, inclusive, escrever a própria história.
O filme mostra um prolongado diálogo entre Christy e a esposa, intermediado por flashes em sequência dos seus primeiros anos, desde a infância até tornar-se adulto, quando começa a lutar pela própria liberdade de expressão.
Sua infância é marcada pelo preconceito do entorno e o desprezo do pai, que rejeita o filho por suas deficiências e por estas roubarem o tempo e a atenção da esposa, a Sra. Brown (Brenda Fricker), que é a única que efetivamente demonstra amor pelo garoto, estando sempre se mostra pronta a ajudar. É ela quem ensina aos outros filhos a pelo menos respeitarem e ajudarem ao irmão e vai apoiá-lo em todos os seus desejos.
Em certo momento, é tomado por uma angústia existencial aparentemente muito forte, na qual um desejo de independência se acentua gradualmente até que pede permissão para construir um quarto só para si.
Como o pai era pedreiro, consegue com facilidade o material e, do jeito que pode, sempre com a ajuda da mãe e dos irmãos, com seu pé esquerdo começa a erguer o cômodo e passa a viver dentro dele, refletindo e mergulhando no psiquismo que ronda sua limitação.
Alfabetiza-se por vontade própria, começa a escrever e depois a pintar. Com o tempo, ele se torna o mantenedor de toda a família.
Seu brilhantismo e simpatia conquistam o que parece ser uma enfermeira de nome Mary Carr (Ruth McCabe), com quem ele se casa.
O filme termina com os dois compartilhando uma taça de champanhe, dando a impressão de um final feliz.
Todavia, o livro autobiográfico de Christy no qual o filme foi inspirado denuncia que Mary, na verdade, era uma prostituta que explorou e negligenciou Christy até que este morresse precocemente aos 49 anos de idade.
Afora esta divergência, o roteiro de Shane Connaughton e Jim Sheridan reflete o despertar de uma mente brilhante que ao mesmo tempo é capaz de produzir momentos de terríveis angústias e grandes ímpetos de uma vontade insuperável, digna de ser estudada, compreendida e imitada.
Destaque do filme vai para o ator Faniel Day-Lewis, que no exercício de introjetar a personagem, sequer saía da cadeira de rodas nos intervalos de gravação. Por sua atuação, recebeu, em 1990, nos Estados Unidos, o Oscar de melhor ator.
O Oscar também foi entregue na mesma data a Brenda Fricker, na categoria de melhor atriz coadjuvante, pela representação como mãe de Christy Brown. 



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