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Magnetismo Curador
(Alphonse Bué)

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Não é um privilégio individual possuir força magnética. Todos as pessoas as tem em maior ou menor grau. Alguns são tão bem dotados que conseguem fazer verdadeiros prodígios em processos de cura. Alphonse Bué relata que por um trabalho perseverante e tenaz ele estudara o seu mecanismo, averiguando a sua eficácia e admirando o seu poder. Esse agente maravilhoso cuja existência muitos não conhecem, é tão velho quanto o mundo! É uma dessas admiráveis forças da natureza colocada à disposição de todos. Tanto do mais ignorante como do mais sábio, do mais humilde como do mais poderoso. É o agente terapêutico universal que vem do infinito emergindo das próprias fontes da vida, como o calor, a eletricidade e a luz.

 Mesmer, fundador da doutrina mesmerismo, apoiando-se nas idéias de Descartes e de Newton, admitia como princípio uma corrente universal que tudo penetra e abraça num movimento alternativo e perpétuo, assemelhando-se ao fluxo e refluxo do mar. É a esse movimento alternativo universal que ele atribuía a formação dos corpos, as influências astrais e a influência mútua que todos os corpos da natureza exercem uns sobre os outros. Parte do princípio de que tudo é simples, uniforme, tudo se mantém. A natureza junta unidade a unidade; só há uma vida, uma saúde, uma moléstia, e por conseguinte um remédio. O homem está saudável quando todas as partes de que é composto tem a faculdade de exercer as funções a que são destinadas. Se em todas as funções reinar uma ordem perfeita, há harmonia.  A doença é o estado oposto, isto é, quando a harmonia está perturbada. Como a harmonia é uma, só há uma saúde.

O remédio é o meio que restabelece a harmonia, quando ela se acha perturbada. Existe um princípio da harmonia. Ele é originado do movimento universal, a cujas leis obedece. Influencia diversamente os organismos, penetra-os e, regulando o jogo de seus elementos constitutivos, aparece como o verdadeiro princípio da vida. E esse princípio é precisamente o que o homem recebeu desde sua origem, do movimento universal em que se acha encravado; É ele que determinou a formação e o desenvolvimento dos órgãos e é ele que presidirá à sua conservação e reparação. Sob o impulso desse princípio ativo formam-se correntes que seguem a continuidade dos corpos até as partes salientes pelas quais se escapam.

Estas correntes aumentam de velocidade e de potência quando estão retardadas ou apertadas em um ponto. Polarizam-se, quando abandonam o circo. Propagam-se à distância, quer pela continuidade dos sólidos, quer por intermédio dos meios, ar, água ou éter. Podem concentrar-se e reunir-se como em reservatórios, para se dispersarem depois. Tudo que é suscetível de acelerar as correntes, produz um aumento das propriedades dos corpos. Se estivesse em nosso poder acelerar as correntes universais, poderíamos, aumentando a energia da natureza, estender à vontade, em todos os corpos, as suas propriedades ou restabelecer as que um acidente tivesse enfraquecido.

Se a nossa ação sobre as forças da vida universal é limitada, podemos, pelo menos, exercer nosso poder sobre as partes constitutivas deste grande todo, e esse poder é tanto mais ativo, quando houver entre essas partes e nós relações de analogia. Assim, de todos os corpos, aquele que pode agir com maior eficácia sobre o homem é o seu semelhante. Esse poder de ação reside na faculdade de uma emissão irradiante, que todo homem possui em diversos graus, e que pode regular ou estender à vontade pelo exercício, de maneira a por em ação, de perto ou de longe, os corpos inertes ou vivos. Esse fenômeno de emissão irradiante é um fato adquirido desde muito tempo pela ciência: Faraday e Crookes deram a um estado particular da matéria o nome de matéria radiante. Em física admitem-se as radiações caloríficas, químicas, elétricas e luminosas; há igualmente radiações magnéticas ou nêuricas.

Magnetizar é exercer em toda a sua plenitude a faculdade natural que o homem possui de emitir radiações magnéticas. Isso é comum a todos os corpos. Os minerais, os vegetais e os animais emitem radiações de todas as espécies em diferentes graus. O homem, pela superioridade do seu poder de volição, é mais apto do que o animal para regularizar, condensar e projetar as suas radiações magnéticas.

Sendo a magnetização uma faculdade natural, comum a todos, segue-se que qualquer um é apto a magnetizar, independente de sexo, idade e temperamento. Porém, há graduações resultantes do grau de aptidões de cada qual para exercer esta faculdade. Esses graus de aptidão decorrem de certas condições. Para magnetizar bem torna-se necessária saúde, calma, vontade, benevolência, fé e saber.
Para favorecer esta faculdade irradiante cumpre ser sóbrio, habituar-se a restringir as suas necessidades e a comer pouco. Quanto mais se desenvolve a função digestiva e mais trabalho se lhe dá, tanto maior é a restrição da potência nêurica condensante e irradiante. Uma das condições higiênicas mais importantes é evitar todos os atos da vida que possam, afetando o físico ou o moral, trazer desgate nervoso que enfraqueça ou esgote prematuramente as fontes preciosas da irradiação vital.



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