A nossa convivência, de trato diário, com familiaridade com a nossa Família, no aconchego dos nossos lares, tem variáveis tipos de Relacionamentos diversificados em seus focos.
Um dos relacionamentos mais proveitosos e edificantes é o Amor, liberado em igualdade de recepção voluntária e, independente de cobranças.
O Amor é uma doação maravilhosa que nos engrandece e, nos livra dos sofrimentos, tendo a dádiva Divina de funcionar até sem ser correspondido, pois, havendo o Amor, o Ódio fica em planos rastejantes!
Os escritores e poetas hodiernos, em sua maioria, convergem o Amor como uma prenda humana, no entanto, os Empíricos, observadores de tudo ao seu derredor ou, do seu conhecimento. Dilatam o Amor para todos os Seres Viventes, pois, se há Vida! O Amor pode fazer parte integrante, nos moldes de suas percepções e, aceitações !
No meu modesto entender, guiado pela minha experiência e prática, nomeio , sem medo de enganar, mas, com algumas exceções para confirmarem as regras expostas, o CACHORRO como um animal familiar que mais nos dedica o seu amor desinteressado!
O Cão nos ama durante todo o seu tempo de vigília, o fazendo, tão somente, em troca de nossas eventuais carícias propelidas.Ele tem a nossa residência como sua propriedade diuturna, sempre nos alertando da aproximação de estranhos.
Na minha moradia tem uma Cachorrinha da raça “Pinche”, já avançada na idade, porém, experta em seus movimentos e carícias a todos nós da família, Ela nos ama declaradamente ao primeiro sinal nosso em direção dela, quando, então, passa a nos dar ás patas dianteiras e, a fazer afagos aos nossos pés e mãos, se rolando pelo piso.
Tem o apelido de “Bolinha” e, os seguintes predicados, naturais Nela:
* Qualquer comida que recebe se afasta até que estejamos distantes e, só então, devora a gulodice recebida.
* Só entra na casa se for chamada e, se, alguém da residência estender o braço para porta, Ela sai de imediato!
* Quando chega uma visita, embora seja uma criança, Ela só late sem atacar a ninguém e, obedecendo imediatamente a um sinal ou grito de “Caluda” de um dos seus donos.
* Não faz barulho durante a noite, a não ser com a chegada de algum gato ou, alguém chame no portão, mesmo que, na vizinhança, outros cães façam alaridos, Ela, apenas, chega ao portão, cheira debaixo e, retorna ao seu ninho no nosso quintal.
* Só late na primeira visita estranha para Ela e, no retorno da mesma, se mantem quieta no seu canto.
* Só defeca nos cantos do muro do quintal e, sempre no mesmo local.
RESUMINDO: Para mim, isso é Amor canino, mesclado com o Amor humano dos seus donos, na forma que Ela o entende e... Expressa!
Se todos os Seres Humanos dividissem o seu Amor, desinteressado de lucro ou, retorno, como faz a minha “Bolinha”, a Humanidade não precisaria do Paraíso ou do Éden, pois, com a sua mansuetude, Eles estariam ao nosso redor nos absorvendo e... Premiando!
A SEGUIR, UMA POESIA MINHA, JUSTIFICANDO E, COMPROVANDO, A MANSUETUDE DA MINHA CACHORRINHA:
A VISITA!
Porta entreaberta,
Vislumbre do piso,
Sons fugidios...
Passos amortecidos!
Soar no batente,
Silêncio!
Arrastar de chinelas:
Lacrar de portas!
Reiterar do chamamento,
Alaridos!
Movimentos, sussurros!
Venezianas se movendo...
Olhar hesitante,
Temeroso!
Ofegar abafado...
Recuo!
Diálogo lento,
Ciciante!
Passos para a porta...
Moderados!
O homem citadino,
Enclausurado!
No luxuoso apartamento...
Apavorado!
Rodar da maçaneta,
Lentamente!
Novo vislumbre...
Pausadamente!
Devassar da sala,
Bruscamente!
Abdome truculento...
Emergindo!
Ligeiro ronronar,
Pacatamente!
Um bichano no umbral...
Negaciante!
A visita inesperada e temida é a de um mero e, inofensivo... Gatinho!
Sebastião Antônio BARACHO
[email protected]