Caos no sangue , MALÁRIA
(MICHAEL FINKEL)
Os mosquitos, são considerados – seringas voadoras – que atacam, orientados pelo cheiro e calor dos corpos, dos humanos e também de alguns animais.
Só a fêmea, é que procura sangue, pois precisa de hemoglobina para alimentar os ovos, fazendo-o em regra de três em três dias, sendo que este processo ocorre principalmente na época das chuvas.
Em regra, levam dez minutos a sugar o sangue, sendo capazes de ingerir duas vezes e meia o seu peso, o que comparando com o homem, seria o equivalente a se beber um batido, com a capacidade de uma banheira.
Quando sugam sangue infectado com malária, através da sua picada, introduzem milhares de plasmódios ( parasitas unicelulares da malária), na corrente sanguínea dos humanos que, em breve chegam ao fígado, multiplicando-se cerca de quarenta mil vezes e destruindo as células hepáticas
Basta um plasmódio, para matar uma pessoa.
Na actualidade, a malária, afecta milhões de pessoas, em várias zonas do mundo, com maior incidência em África, sendo a Zâmbia, um desses países.
Neste país, predomina a espécie Plasmodium falciparum, considerada a mais mortal.
Nos países ricos, pensa-se que a malária é uma doença de pobres.
A malária, apresenta como principais sintomas: cefaleias, dores musculares, arrepios, febres altas e suores frios e quentes, alternadamente.
Na fase mais aguda, ataca o cérebro, levando mesmo ao estado de coma, em que os doentes, apresentam costas curvas e rigidez dos membros. Os que se curam, ficam com sequelas neurológicas para a vida.
O parasita da malária, tem elevada capacidade de adaptação e sobrevivência, sendo considerado um génio, inteligente.
A presença de mosquitos em muitas múmias, coloca esta doença conhecida já na antiguidade e sabe-se que foi causadora da morte de grandes chefes militares, como Alexandre Magno, Átila, Huno, entre outros, tendo mudado o rumo da história.
Em Roma, era conhecida, como a doença dos pântanos - Mal’aria ( maus ares).
O primeiro remédio foi descoberto na zona do Peru/ Equador, utilizando a casca da chinchona, ou quinoa, conhecida em todo o mundo como, quinino.
Era eficaz, porque interrompia a reprodução dos parasitas, mas apresentou efeitos colaterais, entre eles, a surdez.
A partir da década de 1940, foi criado o medicamento, cloroquina, ainda hoje utilizado.
Sensivelmente na mesma altura, foi descoberto um insecticida – DDT, muito utilizado em pulverizações e que dizimava os mosquitos.
O seu uso foi proibido, porque matava animais e plantas e contaminava os solos.
No entanto, nessa época, diminuíram acentuadamente os casos de malária
Ainda hoje, na Zâmbia, se utiliza uma planta daninha, a Artemisia annua, com efeitos parecidos com o quinino, mas com menos efeitos colaterais.
Além desta planta, recomenda-se a pulverização das casas e o uso de redes mosquiteiras, medidas estas que concorrem em paralelo, com as crenças tradicionais.
As populações, vão primeiro aos feiticeiros e depois e muitas vezes em fases já adiantadas da doença é que recorrem aos hospitais.
No que, governos e cientistas estão de acordo, é na necessidade da descoberta de uma vacina, para uma protecção eficiente para toda a vida.
Por várias vezes, foi anunciada a sua descoberta, como foi o caso do imunologista Manuel Patarroyo que, em 1990, apresentou a SPf-66, testada na Tailândia e na Gâmbia, sem sucesso.
O exército norte americano, apresentou a vacina RTS,S que, foi testada em crianças de Moçambique, mas sem efeitos duradouros.
A SANARIA (bons ares), única empresa a nível mundial que se dedica por inteiro à descoberta da vacina contra a malária, , faz criação de mosquitos e pesquisa constantemente, na ânsia da descoberta da prevenção e cura definitivas desta doença.
Para todos os efeitos é uma guerra, ainda não vencida e que causa graves prejuízos quer a nível de saúde, quer a nível económico nos países mais afectados e que merece um olhar mais atento por parte dos países mais desenvolvidos.
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