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A INTERTEXTUALIDADE COMO ESCRITA PARÓDICA EM MEMORIAL DO CONVENTO, DE
(Márcia Elizabeti Machado de Lima; Rodrigo Porto)

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A INTERTEXTUALIDADE COMO ESCRITA PARÓDICA EM MEMORIAL DO CONVENTO, DE JOSÉ SARAMAGO.

Desde as primeiras linhas de Memorial do Convento, podemos perceber a forma peculiar de Saramago compor suas narrativas, uma narrativa rica, alimentando-se de outras narrativas (arquivos), utilizando os recursos de intertexto, paródia, carnavalização, e ironia. Com esse aspecto, poderíamos dizer que seu texto é um texto segundo, que toma de empréstimo, não apenas a idéia de escrever de (arquivar) registrar algo acontecido, mas, também de com elas, misturadas à ficção, expõe a sua forma de ver o mundo, mesmo em um passado distante, mas que reflete nos dias atuais. Para Roani (2002), Ao recriar a história, José Saramago a reinterpreta, transfigurando-a artisticamente e produzindo uma realidade caracterizada pelos anseios e dados subjetivos do escritor. Suas narrativas vêm com um novo perfil ideológico traçado, mesmo em um discurso paródico, podem ser lidas como textos autênticos, textos primeiros.
 Saramago é um dos autores mais premiado e lembrados da atualidade, dentro e fora de Portugal, apesar de sempre ter dado pouca importância a esses prêmios, sobre os quais ele afirma: “gosta-se de recebê-los, mas não acrescentam nada à importância da obra que premiam”. (Calbucci, 1999:132).
 O recebimento do Nobel de Literatura (que nunca havia sido dado à Língua Portuguesa), em oito de outubro de 1998, foi altamente significativo, primeiro por coroar uma bem sucedida carreira literária, e segundo porque  acrescenta muito à importância do nosso idioma, projetando-o no cenário cultural europeu, o que pode vir a abrir mais espaço para os nossos escritores. É relevante lembrar que seu reconhecimento atingiu até mesmo o Vaticano, já que o mesmo foi barrado em determinados congressos por em suas narrativas tratar de histórias bíblicas, conforme sua visão, como um novo evangelista, ressaltando que o mesmo é um homem Ateu.
 As obras de Saramago têm como base o Neo-Realismo, que se difundiu em Portugal a partir de 1938. E, como sabemos que uma das principais características dos Neo-realistas é a presença da ironia em suas narrativas, com a ironia faz criticas e ajuda seus leitores a transcender, ver além do que está escrito, com esses e outros recursos utilizados por ele, indaga a seus  leitores chamando a atenção dos mesmos para que não caiam em uma determinada “cegueira branca”, assim participando de uma forma direta das vias políticas de seu país e do mundo.
Nesse texto mostramos como o autor se utiliza do discurso paródico  para entrelaçar a história e a ficção em sua obra.
Temos como apoio teórico-crítico, na realização desse trabalho, os seguintes autores: Benjamin Abdala Júnior, Ernesto Melo e Castro, Odil de Oliveira Filho, Lílian Lopondo e Afonso Romano Sant’ Anna, todos na linha da reflexão intertextual, seguindo o raciocínio de Bakhtin.



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