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Cafeína
(T. R. REID)

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Numa qualquer discoteca, por volta das quatro e trinta da madrugada, o pessoal, completamente exausto, bebe da latinha prateada e azul de “Red Bull”e assim, dança sem parar, cheio de energia, até ao sol raiar.
O principal ingrediente activo desta bebida energética, é a cafeína, sendo considerada uma droga que causa habituação.
 É um Alcalóide, presente nas folhas, sementes e frutos do chá, café, árvores de cola, entre outros.
O café passou a ser consumido na Europa, a partir de 1820 e despertou o interesse do químico Runge. Fez um estudo sobre a sua popularidade, chegando à conclusão, de se estar na presença de uma nova substância – a cafeína. Mais tarde, descobre-se que o chá, tem o mesmo ingrediente.
Daí que, a excitação pelo café é a mesma que é causada pelo chá.
 Descobre-se também, a presença de cafeína, na noz de cola, no cacau e no chocolate.
Café e chá, tornam-se populares na Europa, a partir da Revolução Industrial.
Dá-se a fuga dos campos, para as zonas industriais, com o inevitável esforço de adaptação e a vida deixa de se reger pelo sol e pelas estações do ano, passando a ser marcada ao compasso do relógio.
O esforço na adaptação, aos novos horários de trabalho, acaba por levar a que, gestos simples, como aquecer água, para fazer chá ou café, sejam rotineiros, mas que, pela certa, evitaram que, muitos dos operários adormecessem, em cima das máquinas.
 O Mundo Moderno muito deve ao chá e ao café, na mesma medida que o deve à invenção da luz eléctrica.
Czeisler, especialista em sono, descobre que a cafeína interfere com a adenosina (substância química do nosso organismo), bloqueando o seu efeito hipnótico, impedindo que se adormeça.
Literalmente, a cafeína tem a capacidade de matar o sono.
Consome-se cafeína, para compensar a falta de sono, provocada pelo consumo de cafeína.
Em 1980, o austríaco Dietrich Matschistz, especialista em marketing, cansado do efeito do jet lag, resultante das várias viagens em avião ao Oriente, experimenta na Tailândia, uma bebida muito popular. Bebe – Krating Daeng - ou seja Rede Bull, cuja tradução é Touro Vermelho e de imediato se sentiu sem sono e revigorado.
Adquire a licença de comercialização para o Ocidente, desta bebida, composta por: cafeína, taurina (aminoácido) e glucuronolactona (hidrato de carbono)
Com uma forte campanha publicitária e um dos slogans mais conhecidos “ Red Bull, dá-te asas”, em pouco tempo, é um sucesso de vendas, com dois mil milhões de latas, vendidas por ano, em mais de cem países.
 França e a Dinamarca, proíbem as bebidas energéticas, por conterem cafeína e outros suplementos.
A Irlanda, criou um Comité, para estudar estas bebidas e seus efeitos, depois da morte de um jovem que, bebera várias latas antes de um jogo.
Concluíram que, a bebida, consumida em doses moderadas, não apresentava riscos. Contudo, as latas devem ser acompanhadas de rótulos, a avisar o cliente do “elevado teor de cafeína”, medidas adoptadas também, pela União Europeia, Estados Unidos, Austrália.
Concluíram também que, as pessoas compram estas bebidas, pela excitação que a cafeína produz e não tanto, para terem energia ou força física.
 O psicólogo Jack James que, integrou esse Comité, demite-se, por considerar que a cafeína apresenta efeitos adversos que não foram mencionados, tais como a subida da pressão arterial e o risco de doença cardíaca e que, consumida em doses exageradas, pode levar ao aparecimento de vários cancros: fígado, bexiga e pâncreas.
Outros estudos, consideram-na como estimulante do sistema nervoso central, do desempenho físico, do humor e que alivia dores.
As crianças devem ingerir doses bem menores, ainda que o seu organismo metabolize a cafeína, com muita rapidez.
Para o fisiologista, Jan Dijk, quem trabalha de dia, tem menos necessidade de ingerir cafeína, ao contrário de quem trabalha a noite, que necessita mais, de estar desperto.
O café e o chá, andam de mãos dadas, com os rituais
Iniciar o dia com um café ou chá e um bolo, é normal para milhões de pessoas em todo o Mundo.
A elegante” cerimónia do chanoyu” ou “cerimónia do chá”, no Japão, ou o “ chá das cinco”, em Inglaterra, o “ bolo e café no Dunkin’Donuts, nos Estados Unidos, são rituais apreciados em que não é tanto a bebida que é rainha, mas sim a conversa, a vida social e a ligação entre as pessoas.
Foi por esse ambiente que, Schultz, antigo vendedor de café em grão, em Seattle, Estados Unidos, se apaixonou, numa visita a Milão e cujo conceito, transpôs para a sua loja.
 Em pouco tempo, ficou conhecida e os clientes faziam fila à porta, para beberem, entre outras, uma misteriosa mistura de café com leite.
Assim nasceram, as mais de 8.500 lojas Starbucks, espalhadas pelo mundo e em que o seu ambiente romântico, mais que a cafeína, fazem a diferença.
É interessante referir que nas fábricas de torrefacção de café, a cafeína, forma flocos nas máquinas e basta aos funcionários passar um dedo por eles e meterem à boca, para sentirem o seu efeito.
Na impossibilidade deste simples gesto, em vários locais do Mundo, de volta das luzes e do barulho das discotecas, continua a beber-se goladas de Red Bull porque, mesmo sabendo que a cafeína é uma droga, passar sem ela é para muitos, tornar a vida numa droga.



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