O POETA
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O filme, O Poeta, peca por um roteiro muito fraco. Ali, poderia ter sido desenvolvida uma bonita históaria: o amor que surpreende inesperadamente; o envolvimento de uma judia com um oficial nazista e tendo como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial, mas, a inesperiência, talvez, não fez com que a película com algumas poucas, mas, bonitas locações e um figurino muito bem estudado e bem alocado, tivesse um vôo mais do que auspicioso.
É necessário que haja verosimilhança naquilo que nos é mostrado e naquilo que os nossos corações intuem seja plausível. Logo no começo, a protagonista após passar por um mal bocado numa nevasca, é levada para a casa de Oskar (o oficial nazista), passa algumas horas ou serão dias? E quando acorda, já está aos beijões com o garanhão/poeta ariano. Ou ela, é muito fácil ou cortaram um bom pedaço do que assístiamos. Também, logo após o casamento da bela judia, com o bobão judeu ortodoxo que 'topa' aceitar casar com quem lhe fora prometida e cuidar do filho do oficial da polícia secreta, soldados alemães invadem a aldeia onde é celebrado o matrimônio e os dois para se livrarem da carnificina que se segue, resolvem se esconder no fácil acesso onde se armazenavam os ceareais. Será que os alemães eram tão estúpidos assim que não procurariam num lugar tão óbvio?
Eis aqui, um filme que não assistiria duas vêzes. Num enredo tão mal sub aproveitado e com uma direção mais pífia ainda, assistí-lo duas vêzes seria um ato de masoquísmo cerebral.
Agora, se vocês somente estão preocupados em assistirem a um filminho açucarado prá passar o domingo e comerem umas pipocas e tomarem umas cokes, vão em frente.
Gostei muito de ver a preocupação da equipe técnica em reproduzir o cenário do palquinho do teatro num acampamento de soldados de Hitler. Bem mambembe e característico.
O limpador de latrinas, também, muito bem focado. Nauseante, mas, verossímel.
O que podemos tirar de positivo vendo a filmes da Segunda Guerra, é o sentimento de NUNCA mais querermos o pior que existe na espécie humana. Nós, podemos fazer deste mundo uma poesia constante, basta libertarmos os bardos que existem em cada um de nós e empreendermos esforços no esclarecimento do belo e na consecução de um plâneta mais prazeroso e vivificante.
Só depende de nós! Só depende de nós!
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