Simonal 3540/72
(Folha de São Paulo)
Wilson Simonal de Castro declarou formalmente que era informante do Dops ( Departamento de Ordem Politica e Social, órgão de informações e torturas da ditadura militar) do antigo estado da Guanabara.Seu depoimento na polícia foi avalizado reiteradamente em processo judicial por seu advogado Antonio Evaristo de Moraes Filho. Em todos os recursos que protelou nunca isso foi questionado e aparece nas sentenças de juízes. Simonal foi processado sob a acusação de ser mentor da tortura nas dependências do Dos para obter a confissão de desfalque por Rafael Viviane, um funcionário de sua firma( processo nº 3540/72 na 23º Vara Criminal, concluído em 1976 com 655 folhas).Simonal não torturou,não presenciou a cena, mas estava lá na delegacia.O processo foi mantido em segredo até junho de 2009, quando repórteres da Folha de São Paulo, o descobriram.Foram condenados o cantor, um policial do Dops Hugo Corrêa de Matos e um colaborador do órgão, Sérgio de Andrade Guede,s pelo crime de extorsão a pena de 5 anos e 4 meses de prisão, em 1974.Sob recurso a pena foi desclassificada para crime de constrangimento ilegal e a pena caiu para 3 meses.Simonal passou 9 dias detido e foi solto. O processo veio á tona com exibição do filme "Simonal, ninguém sabe o duro que eu dei" onde é narrado a ascensão até o estrelato culminando com a morte no ostracismo em 200, determinada pela imagem de dedo-duro, função que Simonal sempre contestou.
A fama de dedo-duro rendeu-lhe inimizades, vaias e xingamentos em shows e muitos cancelamentos.Quando morreu em 2000 era apenas uma sombra do grande cantor e show-man que havia sido, que eletrizava multidões e arrancava suspiros aos milhares.
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