Humilhar-SE QUANDO PRECISO
(ANTONIO LUIZ ZEVIANI - COMENTA O LIVRO DE GÊNESIS)
HUMILHAR-SE QUANDO PRECISO - 15/07/2009 - 368 -
(GÊNESIS 33.1-12 E 27 41-46) Muito comum as pessoas membros da mesma família ao crescerem os filhos e até por dificuldades de trabalho tomarem destinos ou caminhos bem diferentes e atividades das mais variadas, alguns chegam a disputar vagas de trabalho no mercado exterior. Passa-se o tempo chega à idade chega a saudade até que um dia depois de trocarem inúmeras correspondências (quando ocorre) resolvem promover um encontro aqui ou lá onde estiverem os mais distantes dependendo dos recursos que cada um tem. Ocorre que em alguns casos a saída de casa ou a ida para bem distante é promovida por uma discórdia, um desentendimento, brigas, rixas, fofocas de parentes ou amigos, sempre levando aquele que usa mais o bom senso, ou até por medo da agressão do parente oponente, mas que precisou tomar uma drástica decisão. O que fazer então? Quando Deus está presente no lar, na família, não acontece este tipo de ação ou problema aparente, mas quando surge o primeiro passo é buscar a presença de deus e suplicar Dele a intervenção para que a reconciliação aconteça, e normalmente isto é feito por aquele que tem mais acentuado o temor do Senhor e Nele confia e espera a Sua ação. Quando lemos os textos em referência deparamos com uma situação que ainda hoje com elas convivemos, pais que por um ou por outro filho tem a sua preferência, um gosta do João o outro do José, a mãe que tem o filho José mais parecido com ela ou que lhe tem maior afeto, e lhe é mais obediente tem por ele a sua preferência. O pai por sua vez que percebe esta situação e por uma obra da própria natureza Divina, não permitindo tal situação, tem pelo outro ou outros filhos a sua preferência, que acaba gerando conflitos não somente entre o casal, mas os filhos por perceberem esta situação incômoda, começam os seus conflitos internos e muitas vezes partem para as vias de fatos, agressões e violência entre irmãos, e começam então os apelidos de mamãezado, puxa do papai ou da mamãe, e por aí vão os insultos. Isto não é nada bom nem aconselhável, pois a família precisa estar e viver em união na maior profundidade possível, pois o colo do casal é para todos os filhos dependendo de quem é o mais distante ou carente e todos devem receber tratamento igual, pois vieram do mesmo ventre e foram gerados em situações semelhantes, se é que neste lar existe amor. Pais devem ter e distribuir o carinho, o afeto de forma equitativa e imensurável, pois o colo é dos filhos, o carinho é para os filhos, assim como a correção, a exortação, a liberação ou retirada da liberdade, tudo dependendo do comportamento dos filhos. Na leitura em epígrafe vemos situação semelhante em que o irmão mais velho (Esaú) por estar com muita fome resolveu trocar a sua situação de primogenitura por um prato de lentilha com o irmão mais novo (Jacó). Trocou um direito universal por um prazer ou necessidade carnal. Ninguém morre por uma dia de jejum ou sem se alimentar, mas ele fez isto diante de seu irmão que o próprio nome significa usurpador mentiroso, logrador. Esaú era o filho predileto do pai Isaac, já o filho Jacó era o preferido da mãe Rebeca. Assim que impôs a bênção sobre Jacó o aconselhou a não se casar com mulheres descendentes de Canaã, mas que procurasse a casa de seu avô da parte da mãe e lá havia moças que lhe poderiam ser esposas. Depois de Esaú descobrir que seu irmão lhe enganou por sua própria escolha na primogenitura, saiu ao seu encalço para matá-lo, jurando derramar o sangue do seu próprio irmão. Jacó no lugar para onde foi se encontrou com seu tio Labão que tinha duas filhas e cada uma, uma serva. Jacó se encontrou primeiramente com Raquel a quem entregou por amor o seu coração. Por força dessa ligação ele trabalhou sete anos para o sogro que na noite de núpcias enquanto eles bebiam muito, Jacó se embriagou e foi para o leito, devido a alto grau de embriaguês, não percebeu que no lugar de Raquel estava a irmã mais velha Lia que com ela coabitou e a possuiu. Reclamando o seu direito foi orientado que entre eles se casava primeiro a filha mais velha, se ele quisesse a outra, então teria que trabalhar mais sete anos, e assim o fez, depois vendo a qualidade e a abundante bênção sobre Jacó, Labão lhe uma proposta para cuidar do rebanho, e assim trabalhou mais sete anos. Amados amigos, nenhuma amizade é reatada se não houver da parte de alguém o primeiro passo a dar na direção da humilhação e pedido de perdão. O perdão é do pecador, o perdoar é Divino, e só o faz quem tem um coração limpo. Sejamos, pois assim. Não paguemos o mal com o mal, mas sejamos perdoadores, pois perdoando que se é perdoado. Perdoe de todo o teu coração aquele que lhe fizer algum mal.
ORAÇÃO - Pai celeste, quantas vezes ofendemos os irmãos, amigos, companheiros, entristecemos os corações dos nossos pais e especialmente ao Teu. Por isso lhe pedimos, dá-nos um coração submisso, humilde e confesso do pecado, e perdoa-nos por tudo o que fizemos e Te entristecemos. Por Cristo Jesus. Amém.
ANTONIO LUIZ ZEVIANI
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