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Koyaanisqatsi
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“Desenterrando coisas valiosas, estaremos chamando a desgraça. Aproximando-se o dia de purificação, o céu encobrir-se-á de teias de aranha. Um vazo cheio de cinzas poderá cair do céu; poderá queimar a terra, e agitar os mares.”

Estará o homem diante de uma visão apocalíptica, que poria um fim ao caos que domina o mundo?
Fazendo uma análise da evolução do homem na terra, desde os primórdios da existência - ainda na Pré-História - até a atualidade, a pergunta que fica é a seguinte:  para onde essa evolução irá conduzir o ser humano? Koyaanisqatsi é como uma síntese da existência do mundo, desde quando o homem era apenas um elementar ser vivo, quando não havia a preocupação ou a ganância da conquista de territórios, distante da ambição material e da mesquinhez que resultou no caos que se vê atualmente. Não se trata de uma crítica à evolução tecnológica, mas um alerta sobre o destino da humanidade. As guerras surgiram para medir forças entre as nações, para incentivar a indústria e a tecnologia visando a autodefesa.  
             
Mas defender quem e do quê?

Defender o homem do próprio homem.

Pode parecer hipotético um comentário assim dentro da escala animal, mas o maior inimigo do ser humano tornou-se o próprio ser humano. Essa ambição coloca em risco a vida do planeta como um todo, que não pertence ao homem uma vez que ele é apenas um elemento integrante do meio.
O início lento do filme apresenta imagens do mundo natural, livre da ocupação humana, o que leva o telespectador a se deliciar com o fantástico planeta azul. O ritmo cadenciado não prenuncia uma sucessão de imagens fortes, com o poder da chamada civilização transformando a paz em desordem. Os detalhes da ocupação e do domínio humano são apresentados sem nenhum pudor. A tecnologia, as cidades, a correria, os símbolos do poder capitalista traduzem um conjunto de desunião e rivalidade, evidenciada principalmente quando nos tornamos testemunhas de explosões e depredações, maiores exemplo da destruição humana.

O espetáculo visual transforma-se de forma negativa e a aceleração do ritmo acompanha o compasso, até a música cadenciar novamente, como se fosse a única força capaz de restabelecer a ordem. Entretanto, o maior exemplo da ganância do homem está na tentativa da conquista do espaço. As consequências são catastróficas e o que se observa é mais uma explosão, talvez um castigo pela ocupação de um território acima de seu poderio. Seria o poder divino alertando o homem para que se coloque no seu devido lugar, em vez de brincar de imitar o Criador?

José Donizetti Morbidelli
Jornalista
[email protected]



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