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O último bandeirante
(Pedro Pinto)

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A história passa-se no século XVII, durante o domínio espanhol, já em declínio, quando o Tratado de Tordesinhas estava de algum modo posto em causa pela união das duas coroas.
Num período em que os donatários de Vera Cruz pretendiam sedimentar o seu poderio económico, através de mão-de-obra escrava índia, deparavam-se cada vez com a rivalidade das Missões Jesuítas, apostadas em cristianizar os nativos, uns verdadeiros selvagens, na concepção dos missionários, a quem era necessário libertar do apetite vergonhoso pelo sexo e da nudez com que satisfaziam os corpos no meio de danças frenéticas ofensivas a Deus.
Era o que pensavam os Jesuítas espanhóis da Missão de Jesus Maria, quando, para salvarem os índios do pecado, os tornavam eles próprios tão escravos como os donatários, à custa de uns farrapos e de um bocado de pão que os guaranis tinham de cultivar.
Nunca época em que as bandeiras eram a forma de conquistar territórios, de construir aldeias e cidades, Raposo Tavares, um alentejano de Beja e um intrépido aventureiro com fascínio pelo desconhecido, está ao serviço do Conde da Mata, a quem, como antes a outros, encheu as terras de escravos, trazidos das florestas e do seu habitat natural, quando o mito do Eldorado irrompe por todo lado com a cobiça de todas as nações.
Depois de lutas terríveis entre Donatários e bandeirantes, por um lado, e Jesuítas, como Diego de Trujillo, por outro, apesar do laborioso trabalho de uns quantos, sobretudo dos padres da missão, em trabalho de conluio, a cartografia da Amazónia e de toda a região do Tape, sobretudo de rios como o Madeira e o Amazonas, era ainda incipiente para permitir incursões pela selva e pelos seus mistérios com a certeza de um regresso…
Foi no meio destes jogos de interesses que se encontraram Raposo Tavares, mais o grupo dos donatários, em que incluía o Conde da Mata, ao serviço do qual estava, o Superior de Jesus Maria, Diego de Trujillo e o Bretão, um cartógrafo que tanto vendia a alma a Deus como ao Diabo, alguns deles interessados até ao cúmulo da ambição mais desmedida nas riquezas do lago dourado em que Raposo Tavares nunca acreditou…
Tendo, toda a vida, enfrentados grandes desafios na imensa floresta, é finalmente em Maria Teresa de Gusmão que António Raposo Tavares encontra refúgio, na melhor de todas as suas aventuras, e quando a glória do seu reconhecimento como o mais famoso dos bandeirantes já não interessava, nem a ele nem a ninguém…
Um romance delicioso, onde a cada instante mergulhamos no verde da Amazónia, nos seus rios, nas suas cores e nos seus perigos, depois de o Brasil ter ficado a dever as fronteiras que hoje tem a homens como Raposo Tavares.
O último bandeirante é o primeiro livro do jornalista da TVI Pedro Pinto, que se revelou verdadeiramente  uma agradável surpresa.



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