BUSCA

Links Patrocinados



Buscar por Título
   A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z


Weber e a modernidade
(Bruno Lima)

Publicidade
Na modernização o indivíduo é marcado por instituições sociais cada vez mais baseadas em si mesmo, no que podemos definir como sendo, uma sociedade orgânica. Na sociedade onde o indivíduo é marcado pelas instituições sociais, comunitárias e iguais, temos uma pré-modernização, ou seja, uma sociedade mecânica. Não é possível pensar as sociedades sem dominação, seja pelo carisma ou pelo poder que se impõem através da força, fatos estes que se expressão conjuntamente. A modernidade aparece, portanto, como o processo resultante da racionalização que desencadeia na secularização, ou seja, o “desencantamento do mundo”, que é senão, a perda de sentido, dentro de um processo que pode ser definido como, a complexidade social, em que os indivíduos de uma determinada sociedade passam pela burocratizarão ou perda da liberdade. Assim sendo, associações religiosas, militares, econômicas e políticas (partidos e Estado) são sistematicamente tratadas por Weber, com o objeto de apontar elementos estruturais de dominação dentro de uma ordem institucional global. Para Weber, “o destino de nossos tempos, é caracterizado pela racionalização e intelectualização, e, acima de tudo pelo desencantamento do mundo”. A estrutura ocidental contou, com a organização das associações políticas e sociais, em que se expressão os parlamentos dotados, de “representantes do povo” e de chefes partidários. As associações políticas, através das quais os meios de dominação são controlados autonomamente pelo quadro administrativo, são estamentárias. O líder deve ser capaz de contar com a obediência dos membros dos quadros administrativos. Estes políticos ou líderes por “vocação”, são figuras decisivas nas correntes cruzadas da luta política pelo poder. Portanto, o domínio político, exige o controle do quadro de pessoal executivo e dos complementos materiais da administração. Esta faceta é real para qualquer tipo de dominação, seja ela, carismática, tradicional ou legal.
Max relatou que “a política é uma perfuração de tabulas duras e que para exercer a mesma o líder deve Ter, paixão e perspectiva”. Já o Estado, como Max definiu no escrito, política como vocação, é, “a comunidade humana que pretende, com êxito, o monopólio do uso legítimo da força física, dentro de um determinado território”. A realidade histórica é pontilhada de descontinuidades. Nessa perspectiva, a história apresenta ciclos totais, interrompidos por movimentos de caráter excepcional, chamado por ele de carismáticos. Em torno de uma oscilação entre o cotidiano e o extracotidiano – a rotina e o carisma -, compõe um padrão de transformação multilinear, conforme demonstra a vinculação sistemática de todos os seus estudos sobre a religião e sobre a burocratização que chega a substituí-la.
O líder deve ser mais do que um líder, ele deve ser um “herói”. Na eleição passada tivemos o caso da ascensão ao poder do atual presidente da república, Lula da Silva. Lula,foi o “herói” do povo, depois de muitos anos na tentativa de assumir o governo, conseguiu se mostrar “carismático”, para com a maioria da população brasileira, que já se encontrava “desencantada com o mundo”, frente a política adotada por Fernando Henrique Cardoso, que de alguma maneira perderá sua legitimidade. Chegando ao governo através de meios eleitorais, LULA da Silva, passa a ser não só um líder apoiado pelo carisma, mas também por meios legais. Muitos foram os que acharam que Lula iria resolver todos os problemas de nosso país, mas isso certamente não irá acontecer em uma gestão de apenas 4 anos, pois a corrupção já está enraizada no campo político social, como que dentro de toda uma “cultura política”, mas devemos atentar para o fato de um representante da esquerda ter assumido a presidência, momento este nunca ocorrido em toda a história do Brasil, isto é o primeiro passo para grandes transformações políticas e sociais, que irão decorrer em nosso país. Apesar das extensas barreiras encontradas por LULA, ele procurou representar as diversas classes sociais existentes no Brasil, talvez essa estratégia, até então nova em sua política eleitoral, tenha sido um dos principais fatores, que colaboraram para a sua chegada ao poder. O atual presidente poderia ter desistido frente as dificuldades existentes no Brasil, mas como um líder verdadeiramente “vocacionado”, ele tem permanecido. Podemos explicar a “vocação” de LULA através da frase Weberiana descrita no escrito de Weber sobre, a política como vocação, quando relata que, “somente quem tem a vocação da política terá a certeza de não desmoronar quando o mundo, de sue ponto de vista, fôr demasiado estúpido ou demasiado mesquinho pra o que ele lhe deseja oferecer”.
Em suma, o capitalismo “seleciona”, aqueles que segundo seus critérios, apareçam como economicamente mais aptos. Neste processo, segundo as bases protestantes, o trabalho é tido como “vocação”, portanto sendo tratado por esses parâmetros, pelo moderno trabalhador, bem como, pela correspondente atitude aquisitiva do empresário.



Resumos Relacionados


- O Que é Filosofia Social?

- Dilma Rousseff: O Perfil Técnico De Governança

- E Agora Dilma Rousseff? (crÔnica)

- Aparelhos Ideológicos Do Estado

- Quem Descobriu O Brasil? Lula Ou Cabral?



Passei.com.br | Biografias

FACEBOOK


PUBLICIDADE




encyclopedia