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Chiffres de um suposto indivíduo
(Meyre Anne Brito)

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Resumo escrito por GS53

A jornalista Meyre Anne Brito, colabora da Revista Imprensa e residente em Berlim (Alemanha), analisa as declarações de um juiz do Supremo Tribunal Federal daquele país, Hans-Jürgen Papier. Segundo Papier, “por conta da tecnologia moderna e das ramificações globais, a privacidade de informação corre o risco de um SuperGau (Gau, segundo a autora do artigo, pode ser lido como catástrofe nuclear)”. Ela destacou o acréscimo que o juiz ainda fez às suas declarações: “ O direito fundamental à vida privada não está devidamente assegurado na Alemanha, nem por parte do Estado nem pelas empresas”. Meyre destaca que a declaração virou notícia em todos os meios de comunicação do país.

Para Meyre, só o fato de o supremo juiz mandar seu recado através da imprensa marrom já é uma super mensagem em si. Avalia a articulista que somos uma sociedade avançada. “Quando abro meu laptop, abro as portas de casa para o mundo”, diz ela. Calcula que muitos já invadiram seu disco rígido, seus e-mails, seu celular, observando suas fotos pessoais. Meyre prossegue perguntando: “E agora: como as redações garantirão sigilo às suas fontes com a tolhida liberdade nas telecomunicações? `” Ela ressalta a justificativa do Estado e seu serviço de inteligência para tal quebra de sigilo: “E se você for um terrorista ou um sonegador de impostos?”

Ela lembra ainda que já não basta legitimar sua identidade através de um número de registro. “Até minha impressão digital, um privilégio inventado para criminosos, não é mais o bastante”. Recorda, também no mesmo artigo, que os chiffres, o mesmo que códigos ou senhas, são as novas formas de acesso ou de recusa de um suposto indivíduo na “era tecnológica”. A jornalista conclui, com tristeza, que somos rastreados o tempo inteiro e para o resto de nossas vidas. “Controlamos e somos controlados”, escreve Meyre, recordando depois que conheceu uma brasileira em Berlim que sabia muito sobre uma pessoa com a qual nunca falou, ela mesma, a articulista. Isso foi possível através de uma pequena busca no Orkut.

Brito fecha seu artigo com chave de ouro, lembrando artigo do francês Gilles Deleuze sobre Foucault: “não devemos temer nem ter esperanças diante dos novos mecanismos de controle, mas procurar novas armas para combatê-los”.



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