“Greve do ABC completa 30 anos"
(Rafael Gomes)
Resumo escrito por GS53
Artigo de Rafael Gomes destaca no jornal O Tempo os 30 anos da famosa greve do ABC. Gomes relembra na página Política que no dia 13 de março de 1979 cerca de 180 mil metalúrgicos da região do ABC paulista cruzaram os braços. Diz que essa foi a primeira greve geral após o Ato Institucional Número 5 do Regime Militar, publicado em 1968. Ressalta que os primeiros a realizar movimentos por melhores condições de trabalho foram os trabalhadores da Scania. Segundo Gomes, “cerca de 3 mil funcionários da montadora cruzaram os braços em pleno regime de repressão. E faz uma comparação: “ Foram três dias de paralização, o que é pouco para os dias de hoje”.
A palavra greve naquela época nem era pronunciada. O artigo reproduz a palavra do então funcionário da fábrica e atual diretor do Sindicato dos Metalúrgicos, Gilson Correia. “Surpreendemos os patrões, a imprensa e até os trabalhadores”, diz Correia. O movimento se espalhou por várias empresas da região do ABC e outros pólos industriais. Em 13 de março de 1979, diz o mesmo artigo, 34 sindicatos liderados por Lula decidiram paralisar as fábricas. Uma assembléia aconteceu no mesmo dia, com a presença de 60 mil trabalhadores. Lembra ainda Rafael Gomes que não havia sistema de som. “Lula teve que gritar as palavras e as palavras dele iam sendo repassadas pelos metalúrgicos para os que estavam mais distantes”, destaca o artigo.
“As empresas tentaram barrar o movimento na Justiça. Autorizaram apenas 44% em lugar dos 73% dos trabalhadores. A paralisação continuou e uma nova assembléia aconteceu no mesmo local. A greve foi até dia 23 de março quando o governo determinou intervenção nos sindicatos”, conta Gomes. Gilson Correia afirma também que houve uma trégua de 45 dias, mas “voltamos mais fortes ainda”. Os diretores não puderam entrar na sede do sindicato, dando prosseguimento às reuniões na Igreja Matriz de São Bernardo do Campo. O colunista ressalta que no dia 10 de maio, cerca de 150 mil pessoas participaram das festividades do dia 1º. de maio. Ainda no final do mês, as empresa fazem nova proposta de aumento de 69%, que é aceita pelos metalúrgicos.
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