À sombra do vulcão
(Peter Jones)
À sombra do vulcão
“Na manhã de 24 de agosto de 79 d.C. a terra literalmente tremeu. Depois dos primeiros sinais do que parecia ser um terremoto (...), uma chuva de pedras, violentamente expelidas da cratera, devastou a área em poucos minutos”. Assim começa o relato do historiador Peter Jones sobre a erupção do vulcão Vesúvio que sepultou Pompéia.
Apesar das mortes, Pompéia não foi simplesmente destruída, foi sepultada e dessa forma preservada e hoje revela o cotidiano de uma cidade de mais de dois mil anos atrás. Pompéia originou-se sob a sombra do Vesúvio, seus moradores usavam o solo propício da montanha para o cultivo de videiras e dessa forma garantiam seus estoques de vinho e azeite, porém na manhã de 24 de agosto de 79 d.C., como acontecera no ano 62 d.C. a terra tremeu e logo seus moradores perceberam que havia algo diferente, uma chuva de pedras expelidas pela cratera devastou a área acompanhada de gases tóxicos e uma grande quantidade de poeira que soterrou a cidade.
A lava, porém não atingiu Pompéia, desviada pelo vento a calda quente foi destruir as cidades vizinhas de Herculano e Estábia. Pompéia ficou escondida a sete metros do solo até 1748, quando escavações na região do hoje conhecido Monte Vesúvio marcou o início da arqueologia moderna, revelando ao mundo que o vulcão que a arruinou também a tornou eterna.
O sítio arqueológico revela através de grafites encontrados nas paredes de casas, estalagens e bordéis o cotidiano dos jogos políticos e amorosos dos habitantes de Pompéia, também através das escavações foi possível obter informações precisas sobre o que a sociedade pompeiana comia e bebia, não havia restaurantes e nem hotéis mas bares e estalagens , nos bares cantorias e danças, as estalagens à semelhança de bordeis atendiam àqueles que queriam “pão, vinho e amor”, o jogo já naquela época atividade ilegal, também era praticado.
Além dos bares e estalagens o pompeianos também frequentavam as casas de banhos para natação, banho turco e lazer em geral, praticavam esportes em ginásios, iam a espetáculos de musicas e de arte, as lutas de gladiadores eram bastante populares como demonstra a construção do mais antigo anfiteatro já conhecido, a arena de Pompéia que data de 70 a.C.
A arquitetura de Pompéia era composta por poucas edificações e uma boa parte da cidade era composta por floreiras, quintais, terras cultivadas, ruas e mercados a céu aberto, a residência dos ricos era composta de aposentos agrupados ao redor de pátios com arbustos, flores decorativas e estátuas de mármore, em geral, deuses da mitologia romana, apesar de gostarem de estar ao ar livre, historiadores acreditam que seu propósito não era o de transformar o lar em refúgio familiar, mas de afastar-se da plebe e se exibir para visitantes. Privacidade e intimidade familiar não era prioridade dos romanos ricos de Pompéia, o status social era tudo o que importava.
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