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Frost/Nixon
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O filme Frost/Nixon (2008) do diretor Ron Howard é uma aula de jornalismo. Sou jornalista formada e enquanto assistia ao filme me questionei várias vezes sobre a anulação do diploma. Não estudei esse caso em particular, mas tenho ciência dos inúmeros casos de falta de ética cometidos em minha área, principalmente os relacionados à imprensa brasileira. O caso da Escola Base ou o debate entre Lula e Collor feito e editado pela Rede Globo. Assim, me passou pela cabeça em como pessoas “comuns” poderiam exercer como profissionais aleatoriamente.
É claro que nos meios de comunicação sempre existiram aqueles que trabalham não por suas qualificações acadêmicas, mas pelo seu valor “auto-didata” ou ainda porque sabem escrevem e se expressar de maneira carreta. Mas, onde fica a questão da ética? David Frost era um apresentador considerado para não se levar muito a sério, encabeçava um programa na Austrália e, às vezes, na Inglaterra. Fazia entrevistas com celebridades e, ainda, algumas matérias supérfluas de interesse popular. E assim, mantinha um comportamento não tão sério ou preocupado, enfim ele também agia como uma celebridade. Nada que não podemos ver em inúmeros programas na televisão.
Porém, apesar de sua linha vulgar, ele era jornalista formado em uma conceituada universidade inglesa. Ele não era um top model aposentado ou um ex-BBB. Mas, não é por nenhum desses motivos que ele conseguiu agendar a entrevista com Nixon. Isso foi possível porque ele pagou por ela. E daí que entra a questão da ética, como uma entrevista jornalística pode ser paga se ela possui compromisso com a proximidade com a verdade. No próprio filme muitos meios de comunicação criticam essa decisão.
Mas, a entrevista com Nixon seria não só necessária pela sua situação do país, o caso Watergate, seria também um marco para a história da televisão. Então, que se pague. Contudo, os termos foram um pouco além, porque também foi estabelecido um roteiro com restrição de tópicos. Algo comprado e ainda roteirizado. Convenhamos que isso também não sai por menos durante o processo de edição. Nos principais veículos jornalisticos não há tanta honestidade, tanta pureza.
E Richard Nixon, como ele mesmo se auto-clama como um homem público de calibre e que no filme é muito bem conduzido pelo ator Frank Langella. A sua atuação faz com que todos concordemos com suas qualidades de oratória e sentimos uma sincera pena por Frost. Pois, o entrevistador precisa entender o tempo de interrupção, mas o político precisa fugir disso e ainda fugir até do próprio assunto que esta sendo demandado. Nós vemos muito disso por aí, apesar de que entrevistas com o nosso presidente não são tão diferentes das feitas com jogadores de futebol.
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Para quem quiser se extender sobre o assunto, existe mais um filme sobre o papel do jornalismo nesse caso, Todos os Homens do Presidente (1976) com a história dos jornalistas investigativos que trouxeram os fatos ao público.
E ainda, achei a entrevista original no you tube, como está fragmentanda em 6 partes, deixo apenas a primeira como incentivo..



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