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MEDIR PARA AVANÇAR RÁPIDO.
O PISA é a forma mais reconhecida para se medir o nível de educação de um país. Neste exame, o Brasil sempre fica entre as últimas colocações quando comparado a outros cinqüenta e sete países. O responsável pela aplicação da prova é o físico alemão Andréas Schleicher, que falou sobre aspectos da nossa educação à revista Veja, bem como sobre ações que poderiam melhorá-la.

Ele comenta, com razão, que o Brasil forma um tipo de aluno que conseguem decorar bem as matérias, mas que não conseguem relacioná-las com o mundo real. Assim, os alunos não conseguem a habilidade de poder analisar criticamente o que estão aprendendo e nem mesmo extrair o que for mais importante. Schleicher aborda também o avanço mínimo que nosso país tem feito em relação a resultados anteriores, e o quão importante é a comparação com o quadro internacional, para que se possa observar com efeito que nossas escolas estão mesmo ruins.

Além disso, ele trata do empirismo que é utilizado por cada instituição em sala de aula, quando diz que o conceito geral é: “cada um sabe o que é melhor para sua sala de aula”, retratando também, com isso, a resistência que professores e, até mesmo, governos oferecem para aprender com outros colegas e países. Cada um dá a aula da maneira que bem entende e nem imagina como os colegas estão fazendo. Situação oposta ao que podemos ver nas empresas, por exemplo, nas quais todos os profissionais falam a mesma língua e têm os mesmos objetivos, fazendo com que a empresa cresça efetivamente. Um exemplo de país que vem crescendo na educação é a China, onde os governos realmente copiam sistemas de ensino dos países líderes no ranking do PISA.

A própria China, bem como outros países em desenvolvimento estão à frente do Brasil porque colocaram em prática medidas como incentivar a carreira de professor, criando oportunidades além das tradicionais, que possibilitam atrair talentos para atuar na área, e não apenas aumentar salários ou aumentar o orçamento da educação - que, além de escasso, é mau gasto: o dinheiro gasto com alunos em recuperação podia ser muito menor se houvesse um pequeno esforço no sentido de dar-lhes aulas de reforço durante o ano.

Há ainda, conforme Schleicher, uma barreira criada pelos pedagogos para com a tecnologia, no sentido dos avanços da neurociência. Segundo o físico alemão, se se apoiassem nas descobertas dessa área, já teriam abolido as aulas curtíssimas de língua estrangeira, nas quais apenas se perde, pois o tempo discriminado em currículo não é nem de longe o bastante para assimilação da língua. Ainda compara os pedagogos de hoje com os médicos do século XIX, que não acompanhavam as evoluções científicas, gerando diagnósticos apoiados simplesmente no empirismo.

No fechamento, Schleicher adverte acerca da necessidade de modernização das escolas, que, muitas vezes, ainda focam o ensino de decorebas que o aluno não consegue abstrair para uso fora da escola.

Seguindo os conselhos do físico, pode-se melhorar muito questões básicas na educação de nosso país. Saber adaptar técnicas que fizeram sucesso em outros países para a nossa realidade aqui, teremos a chave do sucesso no ensino e aprendizado.



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